Câncer de mama: a importância do diagnóstico precoce, tipos, sintomas e tratamentos
- Júlia Silva
- 23/10/2024
- Tempo: 7 minutos
O mês de outubro é o mês da conscientização sobre o câncer de mama. Essa é uma das doenças mais comuns entre as mulheres, sendo o tipo de câncer que mais acomete no Brasil e no mundo, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
É por isso que a conscientização, o diagnóstico precoce e os avanços nos tratamentos são importantes para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Por isso, acompanhe este artigo para conhecer os principais sintomas, tipos de câncer de mama, formas de prevenção e tratamentos.
Vamos lá?
Sumário
Como começa o câncer de mama?
O câncer de mama surge a partir de uma alteração nas células da mama, que começa a se multiplicar de maneira descontrolada, formando um tumor. Essas células cancerígenas podem crescer dentro dos ductos mamários ou nos lóbulos das glândulas mamárias.
Em sua fase inicial, o tumor pode ser muito pequeno e assintomático, dificultando sua detecção por autoexame de mama, sendo necessária a realização de mamografias regulares para identificar a doença precocemente.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são:
- Histórico familiar;
- Idade avançada;
- Obesidade;
- Uso de terapias de reposição hormonal (THC);
- Consumo excessivo de álcool.
Por isso, a detecção precoce do câncer de mama faz toda diferença, pois possibilita tratamentos menos invasivos e aumenta as chances de cura.
Segundo dados do INCA (2022), ao menos 66,54 novos casos serão diagnosticados a cada 100 mil mulheres entre 2023 e 2025. Ao todo, estima-se o surgimento de mais de 73 mil casos no período de 2 anos.
Apesar desses números, sua ocorrência é relativamente rara antes dos 35 anos e deve-se considerar que nem todo tumor é maligno.
Quais são os 4 tipos de câncer de mama?
Existem diversos tipos de câncer de mama, classificados de acordo com sua origem e comportamento. Os quatro principais tipos são:
- Carcinoma ductal in situ: ocorre nos ductos mamários e é considerado não invasivo, pois ainda não se espalhou para outros tecidos. Se diagnosticado precocemente, é possível ter um ótimo prognóstico;
- Carcinoma ductal invasivo: inicia-se nos ductos, mas invade os tecidos ao redor, podendo se espalhar para outras partes do corpo. Esse é o tipo mais comum de câncer de mama invasivo;
- Carcinoma lobular in situ: embora não seja considerado, de fato, um câncer, é um marcador de risco para o desenvolvimento de um carcinoma invasivo em ambos os seios;
- Carcinoma lobular invasivo: tem origem nos lóbulos das glândulas mamárias, células que produzem leite, e pode se espalhar para outras partes do corpo.
Como cada tipo de câncer de mama se comporta?
Cada tipo de câncer de mama apresenta características próprias que influenciam diretamente o tratamento e as chances de recuperação. O carcinoma ductal invasivo, por exemplo, tende a ser mais agressivo, exigindo tratamentos como cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Este tipo de câncer tem uma maior probabilidade de se espalhar para ambos os seios, o que pode exigir uma abordagem mais agressiva, como a mastectomia bilateral.
Por isso, o tratamento do câncer de mama depende de uma análise completa de cada caso, incluindo fatores como estágio da doença, tamanho do tumor e presença de metástases.
Quando o câncer de mama é considerado inicial?
O câncer de mama é considerado em estágio inicial quando está restrito à mama e não há presença do tumor em outras partes do corpo. Os estágios 0 e 1 são os ideais para iniciar o tratamento, com chances de cura que podem chegar a 95%.
E lembre-se, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para o câncer de mama em suas Unidades Hospitalares especializadas.
A mamografia é o principal exame para detecção precoce do câncer de mama, permitindo a identificação de tumores antes que percebam-se ao toque. Além da mamografia, o autoexame e a consulta regular ao ginecologista são importantes para a detecção de alterações nas mamas.
Quais são os outros sintomas comuns do câncer de mama?
Além do nódulo na mama, sintoma mais característico, é possível observar outros sinais e sintomas importantes:
- Alterações no formato ou tamanho da mama;
- Enrugamento da pele, semelhante a uma casca de laranja;
- Secreção anormal pelo mamilo;
- Caroço na axila;
- Mamilo invertido;
- Inchaço em parte ou em toda a mama;
- Dor na mama ou no mamilo;
- Vermelhidão na mama.
É importante comunicar a um médico imediatamente qualquer alteração nas mamas, uma vez que a detecção precoce é primordial para o sucesso do tratamento.
Como o teste farmacogenético pode ajudar na prevenção e tratamento?
O teste farmacogenético pode ser uma ferramenta útil na prevenção e tratamento do câncer de mama. Isso porque ele ajuda a personalizar o tratamento ao identificar como o corpo do paciente responde aos medicamentos utilizados na quimioterapia ou hormonioterapia.
Dessa forma, é possível ajustar o tratamento para melhorar a eficácia e no intuito de minimizar os efeitos colaterais das medicações.
Ao compreender como o corpo metaboliza determinados remédios, os médicos especialistas conseguem aprimorar as doses, trazendo uma abordagem terapêutica personalizada para você.
Exames como o BRCA1 e BRCA2 são exemplos de testes farmacogenéticos usados para identificar predisposições genéticas ao câncer de mama e de ovário.
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Conclusão
A conscientização sobre o câncer de mama, aliada à detecção precoce e aos avanços nos tratamentos, tem sido indispensável para melhorar a sobrevida dos pacientes.
O conhecimento sobre os diferentes tipos de câncer de mama e seus sintomas é importante para que as mulheres estejam atentas a qualquer alteração em seus corpos e busquem ajuda médica o quanto antes.
Portanto, fazer exames regulares e utilizar abordagens personalizadas, como testes farmacogenéticos, pode ser um auxílio em conjunto com o acompanhamento médico especializado!
Perguntas frequentes
Confira o que todos perguntam sobre câncer de mama.
O estágio inicial corresponde aos estágios 0 e 1, quando o tumor ainda está restrito à mama e as chances de cura são mais elevadas.
O câncer de mama é hereditário, portanto o histórico familiar, mutações genéticas (como BRCA1 e BRCA2), além de fatores como obesidade, idade e consumo de álcool são alguns dos maiores causadores.
Qual é a idade de risco para o câncer de mama?
A idade de risco aumenta a partir dos 50 anos, sendo recomendado que mulheres nessa faixa etária façam mamografias regulares.
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