Dia Mundial da Bipolaridade: conheça o transtorno

Dia 30 de março é o Dia Mundial do Transtorno Bipolar. Celebra-se a data no aniversário do pintor holandês Van Gogh, que foi diagnosticado postumamente como provável portador da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existem 140 milhões de pessoas com bipolaridade no mundo.

O objetivo da data é chamar a atenção mundial para o transtorno bipolar, que é hoje uma das principais causas de incapacidade. As pessoas que sofrem com a doença ainda enfrentam o estigma social. Portanto, é preciso levar informação à população, educando e sensibilizando para a doença.

Estudos indicam que o transtorno bipolar pode estar associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina. Assim, tal desequilíbrio reflete na base genética ou hereditária para o transtorno, fazendo a pessoa desenvolver os episódios de euforia (também chamados de mania) e depressivos.

Estudos indicam que Van Gogh tinha bipolaridade

Vincent Van Gogh foi um dos mais importantes pintores impressionistas. O holandês, que viveu entre 1853 e 1890, ficou mundialmente conhecido pelas suas pinceladas marcantes e seu humor instável.

Em 2016, pesquisadores e médicos especialistas indicaram que Van Gogh possivelmente era bipolar ou tinha um transtorno de personalidade limítrofe (borderline). Assim, um transtorno mental somado a outros fatores foi o que provavelmente fez o artista cortar uma de suas orelhas e se suicidar.

Alguns aspectos podem ter contribuído para que ele desencadeasse a psicose, como o consumo excessivo de álcool, maus hábitos alimentares e seu desentendimento com o pintor Paul Gauguin, que Van Gogh estimava muito.

É preciso falar sobre o transtorno bipolar

Quando alguém que muda de ideia ou opinião é descrita como “bipolar” em tom de brincadeira, isso reforça o estigma social a cerca do transtorno. Bipolaridade é coisa séria e é preciso vencer esse tabu.

Quanto mais informação sobre o assunto circulando, mais chances dos portadores do transtorno receberem o diagnóstico corretamente e buscarem ajuda. Os episódios extremos da doença podem tornar o dia a dia da pessoa muito difícil, mas com o tratamento adequado, é possível recuperar a qualidade de vida. Além disso, hoje em dia existe o teste farmacogenético, que auxilia os médicos a encontrarem o tratamento mais assertivo e com menos efeitos colaterais. Clique para saber sobre o teste farmacogenético, exame que ajuda a orientar o tratamento para bipolaridade.

Segundo dados da ABTB (Associação Brasileira de Transtorno Bipolar), de 30% a 50% dos brasileiros com bipolaridade tentam suicídio. “De todas as doenças e de todos os transtornos, o bipolar é o que mais causa suicídios”, alerta a presidente da ABTB, Ângela Scippa. Os índices mostram como é importante vencer o preconceito em relação à doença e ao tratamento, para melhorar as estimativas.

Referências: Ministério da Saúde G1 Drauzio Varella .

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