O que fazer durante uma crise de pânico

Independente de ter ou não um transtorno psiquiátrico, a crise de pânico acarreta em sintomas emocionais e físicos repentinos e intensos. Porém, há dicas e técnicas que podem ajudar a lidar com esse momento difícil.

Acompanhe esse conteúdo e entenda como lidar ou como ajudar alguém durante uma crise de pânico.

Crise de pânico: entenda o que é e como acontece

Uma crise de pânico pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar. Aumento nos batimentos cardíacos, tontura, respiração acelerada, náusea, sudorese, dores no peito e tontura são alguns dos sintomas mais comuns.

Por assemelhar-se ao infarto, muitas pessoas acabam procurando um médico cardiologista após a crise, achando que é algum problema no coração. 

A crise se caracteriza especificamente por um episódio de medo e ansiedade, mesmo que não haja uma preocupação real. Ou seja, apesar de não haver perigo ou iminência real, na mente da pessoa algo pode acontecer, o que acaba por entrar num estado de angústia, desespero e descontrole.

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Vale ressaltar que a crise de pânico não é uma doença ou transtorno mental, mas a frequência com a qual acontece pode ser um sinal da síndrome do pânico ou demais transtornos de ansiedade.

Crise de Pânico X Síndrome do Pânico: entenda as diferenças

Confunde-se muito sobre o que de fato é crise de pânico e o que é a síndrome do pânico. Apesar de terem relação entre si, não são a mesma coisa. 

A crise de pânico pode ocorrer em um ou mais momentos, e normalmente ocasionada por algum fator externo ou transtorno associado. Já a síndrome do pânico, também chamada de transtorno de pânico, é um transtorno mental que tem a crise como o seu principal sintoma.

No caso da síndrome, as crises são frequentes e acompanhadas de um medo intenso sobre quando acontecerá a próxima crise e assim por diante, o que acaba por causar modificações no comportamento padrão a fim de evitar que se repita, o que envolve diversas situações que podem ocasionar ansiedade.

Assim, a crise é o evento isolado e a síndrome é o transtorno em si.

O que fazer durante uma crise de pânico

Agora que você já sabe o que é uma crise de pânico e como diferenciá-la do transtorno,  provavelmente está se perguntando o que pode fazer se ocorrer uma crise. 

O primeiro ponto fundamental é entender que qualquer ação muito abrupta pode piorar a crise. Porém, nesse momento é normal que ocorram pensamentos “irreais” ou de uma perspectiva não compatível com a realidade, sendo assim, há algumas técnicas que podem auxiliar a lidar.

Saiba a seguir quais são.

Técnicas de respiração para lidar com crise de pânico

Falta de ar e dificuldade de respirar são alguns dos sintomas comuns durante um ataque de pânico, o que pode acabar causando hiperventilação.

Com isso, há técnicas de respiração que podem ajudar. Confira um exemplo abaixo de uma delas, é a conhecida 4-7-8:

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  • Inspire lenta e profundamente o ar pelas narinas por 4 segundos;
  • Segure o ar em seus pulmões tranquilamente também por cerca de 7 segundos;
  • Por fim, elimine, por cerca de 8 segundos, de forma suave, todo o ar que estava retido.

Uma dica bacana é tentar fechar os olhos ao fazer o exercício. Isso irá ajudar a focar a atenção na respiração. Quanto maior o foco, mais rápido os sintomas irão se amenizar gradualmente.

Imagine um lugar que traga felicidade

É normal que durante uma crise de pânico surja um sentimento de angústia ou de não se encaixar no lugar em que se está.

Portanto, tentar cultivar boas memórias e se imaginar em um local calmo, aconchegante e acolhedor ajuda a levar à sensação de tranquilidade.

Concentre a atenção em um objeto

Durante a crise de pânico, os sentimentos ficam mais aflorados e intensos, fazendo com que tudo pareça “nublado” e confuso. Portanto, focar em um objeto próximo auxilia na redução da intensidade dos sintomas, descrevendo sua cor, forma e tamanho, por exemplo.

Use técnicas de relaxamento muscular

O famoso alongamento também é uma ótima alternativa para os momentos de crise. Isso se deve ao fato de o corpo sempre manter-se em estado de alerta, refletindo na rigidez muscular.

Essas técnicas auxiliam não só a reduzir a tensão dos músculos, como também a reduzir o foco de pensamentos catastróficos.

Como ajudar alguém em uma crise de pânico

Caso você presencie alguém passando por uma crise de pânico, a primeira coisa é buscar um ambiente tranquilo e seguro. A partir disso, você pode orientar que a pessoa foque no que está ao seu redor e em descrever isso à você. Pedir para inspirar e expirar com calma, em até no mínimo 4 segundos também pode ajudar.

É fundamental se manter empático e manter um tom de voz amistoso, para não gerar ainda mais ansiedade na pessoa que está tendo a crise.

Afirmações como “Não é nada sério” ou “É só estresse” devem ser evitadas, afinal, podem levar à uma invalidação ou falta de preocupação com os sentimentos do indivíduo.

Também é importante ajudá-lo a reconhecer que está tendo um ataque de pânico em vez de um ataque cardíaco.

Após o evento, é fundamental incentivar o tratamento com um psicólogo ou psiquiatra, caso o indivíduo já não o faça.

Dessa forma, é importante identificar quando as crises são muito frequentes e buscar ajuda médica.

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