Saiba como encontrar os medicamentos mais adequados para você
- Guido Boabaid
- 16/07/2024
- Tempo: 4 minutos
A maioria das pessoas aprendem com o tempo que um remédio é melhor do que outro, este tipo de variação pode acontecer com muitos medicamentos.
Farmacêuticos, médicos e pesquisadores tentaram entender por décadas o motivo da mesma medicação com a mesma dose funcionar bem para umas pessoas e para outras não. Além disso, a dosagem é outro fator que também pode gerar efeitos adversos para alguns pacientes.
Existem inúmeros fatores que contribuem para essas diferenças, como idade, se está tomando outro medicamento, o bom funcionamento dos rins e se as pessoas são fumantes, por exemplo.
Acompanhe esse conteúdo e saiba mais sobre o assunto. Boa leitura!
Sumário
Os genes influenciam na maneira como metabolizamos os medicamentos
Ao entender como as diferenças genéticas podem interagir nos mais distintos tratamentos, os médicos podem prescrever, de forma personalizada, a melhor medicação e dosagem para aquele indivíduo. Assim, isso é farmacogenética, ciência que estuda as variações genéticas relacionadas a medicamentos específicos.
Esse tipo de tratamento é um exemplo da medicina de precisão, que está sendo apontada como parte importante do futuro da prática clínica, conforme citado pelo site Conexão Seguros Unimed (Leia a matéria).
Os testes mais atuais procuram variações nos genes que influenciam tanto o metabolismo quanto a resposta e a toxicidade dos medicamentos. Por exemplo, para os fármacos que já estão em sua forma ativa, que tem um efeito imediato no corpo, as enzimas no fígado quebram a droga para deixá-la inativa, para que o corpo possa descartá-las. Quando a enzima que faz essa quebra não funciona devidamente, o corpo não se livra da droga de forma eficiente e isso pode acarretar um acúmulo do remédio em seu corpo, o que pode resultar em efeitos colaterais graves. Outras drogas são consumidas de forma inativa e são quebradas no fígado para ficarem em sua forma ativa. As enzimas no fígado que fazem essa quebra são essências no processo. Para essas medicações, quando as enzimas não fazem o seu trabalho, a droga não pode converter-se em sua forma ativa.
Essas diferenças no processo de quebra das drogas influenciam no processo terapêutico de um mesmo medicamento, agindo de formas diferentes para cada pessoa. As variações de genes são comuns na população e algumas delas indicam como melhor administrar os medicamentos para cada paciente.
Variações genéticas na escolha dos medicamentos
Há diversos testes de variações genéticas de crianças com leucemia para analisar a quebra de uma droga chamada thiopurines. Esta droga é muito usada no tratamento de crianças com leucemia e são consumidas na sua forma ativa.
Se os testes revelarem que as enzimas que fazem a quebra e o descarte dos medicamentos não forem efetivas, as crianças recebem um décimo da dosagem normalmente prescrita. Essa pequena fração dará a elas os mesmos benefícios daqueles que recebem a dosagem conforme a bula. Em casos como esses, as variações genéticas podem ser analisadas para modificar a dosagem de uma mesma medicação dependendo do genótipo de cada paciente.
Para as drogas que se convertem em ativas pelo fígado, as variações genéticas podem significar que esta pessoa precisa tomar um tipo diferente de medicação.
Essas são apenas alguns exemplos do potencial do uso de informações genéticas para guiar a terapia com drogas.
Conte com a GnTech
A GnTech tem como intuito levar informação e esclarecimento sobre a utilização da genética humana em benefício da saúde e do bem-estar das pessoas.
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