TDAH em adultos: como identificar e tratar

por Guido Boabaid
23/05/2023 04/04/2024

Segundo dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), no Brasil, há cerca de 2 milhões de pessoas com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Por muito tempo, o TDAH foi considerado uma condição que afetava apenas crianças. Porém, o TDAH em adultos também é uma realidade que acontece de maneira tardia na vida adulta.

Muitos adultos não sabem que têm a doença, que é marcada principalmente por sintomas como falta de foco e atenção, esquecimentos frequentes, constantes alterações de humor e dificuldade de seguir rotinas.

O TDAH não tratado e não diagnosticado precocemente pode acarretar em uma série de consequências na vida adulta.

TDAH em adultos: como é o diagnóstico?

O TDAH em adultos se manifesta principalmente através de sintomas como:

  • Dificuldade de concentração em uma determinada tarefa (como leitura, demandas no trabalho e atraso na execução de tarefas que exigem maiores esforços);
  • Dificuldade de finalizar tarefas “tediosas”, terminar cursos, bem como, se manter muito tempo no mesmo emprego;
  • Dificuldade para gerir e organizar o próprio tempo;
  • Impulsividade;
  • Procrastinação.

É importante ressaltar que o TDAH não se apresenta sempre da mesma maneira. Ele pode variar de sintomas e até mesmo níveis, de acordo com cada paciente. Ou seja, enquanto alguns pacientes são mais desatentos, outros apresentam mais traços de hiperatividade, por exemplo.

Os especialistas que tratam e diagnosticam o TDAH são psiquiatras ou neurologistas. Apesar de não ter cura, através de um tratamento eficaz, é possível conviver com os sintomas ao longo da vida.

TDAH no adulto: dicas que podem ajudar

Apesar de difícil de lidar no dia a dia, através de acompanhamento psiquiátrico ou psicológico aliado a algumas dicas e hábitos do dia a dia, é possível conviver com o TDAH.

Eduque-se sobre o TDAH

Procure aprender mais sobre o transtorno, seus sintomas e como eles afetam sua vida. Isso pode ajudá-lo a entender melhor suas dificuldades e encontrar estratégias adequadas para lidar com elas.

Estabeleça uma rotina

Ter uma rotina diária estruturada pode ajudar a reduzir a desorganização e os esquecimentos. 

Crie listas de tarefas, utilize lembretes e calendários para manter-se organizado e planejar as atividades.

Divida as tarefas em partes menores

Dividir tarefas complexas em etapas menores e mais gerenciáveis pode auxiliar a evitar a procrastinação e a facilitar a concentração.

Priorize tarefas

Faça uma lista de tarefas e priorize-as de acordo com a importância e os prazos. Isso ajudará a manter o foco nas tarefas mais relevantes.

Identifique suas distrações

Identifique as distrações que afetam sua concentração e tente eliminá-las ou minimizá-las. Isso pode incluir desligar notificações do celular, trabalhar em um ambiente silencioso ou usar fones de ouvido com cancelamento de ruído.

Faça pausas regulares

Fazer pausas curtas e regulares ao longo do dia pode ajudar a evitar a fadiga mental e melhorar a concentração. Experimente a técnica Pomodoro, que envolve trabalhar por 25 minutos seguidos por uma pausa de 5 minutos.

Como tratar o TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade requer um tratamento que combina diversos fatores. Por exemplo, uso de medicamentos, orientação dos pais e professores e ensinar técnicas específicas ao portador.

O uso de medicamentos controla os efeitos do transtorno, diminuindo os sintomas como a impulsividade e desatenção. Com isso, os fármacos contribuem para o desenvolvimento pedagógico e desempenho em funções profissionais. Podem ser prescritos psicoestimulantes, antipsicóticos e antidepressivos.

O médico poderá escolher os medicamentos de duas formas. Pelo método da tentativa e erro, com maiores riscos de ineficácia e efeitos colaterais, ou após a realização de um teste farmacogenético.

O exame farmacogenético faz o sequenciamento genético do paciente e analisa como os genes tendem a interferir no metabolismo, resposta e toxicidade dos medicamentos. Com o laudo, o médico consegue escolher os fármacos mais adequados para resultados mais rápidos e seguros.

Em relação a psicoterapia, a Terapia Cognitivo Comportamental costuma ser a mais indicada para o tratamento do TDAH.

Quanto mais cedo o TDAH for diagnosticado, maiores as chances de entender a como lidar com o transtorno e as formas de lidar com os sintomas.

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