Colesterol alto: o que é, sintomas, como baixar e mais!
- Por Guido Boabaid
- Tempo: 7 minutos
O colesterol alto é uma das principais causas de doenças cardiovasculares no mundo. O grande perigo? Trata-se de um problema que muitas pessoas só descobrem quando ele se agrava e acabam passando por um infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).
Vamos aprender mais sobre o assunto e desenvolver o autocuidado? Neste post, você vai entender quais níveis são considerados perigosos (e como interpretar seu exame), as causas para o colesterol alto e, também, os sintomas sutis que podem indicar risco (assim como as abordagens terapêuticas). Boa leitura!
Sumário
Qual nível é considerado colesterol alto?
Ao realizar um exame de sangue, três tipos de colesterol são avaliados: LDL (ruim), HDL (bom) e triglicerídeos. Os resultado são, então, comparados com os valores de referência abaixo:
Tipo | Desejável | Limite | Alto risco |
Colesterol total | < 190 mg/dL | 190-239 mg/dL | ≥ 240 mg/dL |
LDL (ruim) | < 130 mg/dL* | 130-159 mg/dL | ≥ 160 mg/dL |
HDL (bom) | > 40 mg/dL (H) / > 50 mg/dL (M) | < 40 mg/dL (H) / < 50 mg/dL (M) | – |
Triglicerídeos | < 150 mg/dL | 150-199 mg/dL | ≥ 200 mg/dL |
Fonte: Portal Drauzio Varella.
E por que o LDL é considerado ruim (e perigoso)? O LDL se acumula nas artérias e forma placas que podem entupir vasos sanguíneos. Valores acima de 160 mg/dL exigem intervenção imediata, seja por meio dieta, exercícios ou medicamentos como estatinas.
O colesterol deveria estar entre os itens do seu check-up anual porque é um índice que, quando muito elevado, corresponde a duas das dez principais causas de complicações de saúde no mundo nos últimos 25 anos: doenças cardíacas e AVC.
As doenças cardiovasculares, por exemplo, acometem gravemente cerca de 400 mil pessoas todos os anos, no Brasil.
O que provoca o colesterol alto?
O colesterol alto frequentemente surge de uma combinação perigosa entre nossa herança genética e as escolhas do dia a dia. Enquanto algumas pessoas nascem com predisposição a produzir mais LDL devido a condições como a hipercolesterolemia familiar, que afeta um em cada 500 brasileiros, o vilão para a maioria da população é o estilo de vida moderno.
Dietas ricas em gorduras saturadas e industrializadas criam o cenário perfeito para desequilíbrios nos níveis lipídicos. Por isso, o cuidado com a alimentação é tão importante: carnes gordurosas, queijos amarelos e produtos com gordura trans, por exemplo, elevam o LDL e também reduzem o HDL (colesterol bom).
Paradoxalmente, até mesmo o excesso de carboidratos refinados, como açúcar e farinha branca, pode ser transformado pelo fígado em triglicerídeos, outro tipo de gordura prejudicial em níveis elevados.
Em paralelo, essa sobrecarga metabólica é agravada pela falta de atividade física, que diminui a capacidade do corpo de processar adequadamente as gorduras.
Por fim, vale observar: doenças crônicas como diabetes e hipotireoidismo complicam ainda mais o quadro. O excesso de glicose no sangue dos diabéticos danifica as paredes arteriais, enquanto a queda nos hormônios tireoidianos reduz a eficiência do metabolismo lipídico.
O tabagismo completa esse círculo vicioso porque reduz o HDL e ainda causa inflamação nos vasos sanguíneos (um terreno fértil para a formação de placas de gordura).
Quais são os sintomas do colesterol alto?
O colesterol alto não dá sinais claros na fase inicial. Os sintomas só aparecem quando as artérias já estão comprometidas, geralmente em estágios avançados. Atente-se a:
Tipo de sintoma | Manifestações | O que significa | Gravidade |
Sinais indiretos (artérias parcialmente entupidas) | Dor no peito (angina); Fadiga excessiva; Falta de ar. | Redução do fluxo sanguíneo para coração, músculos e pulmões. | Moderado (requer avaliação médica urgente). |
Sinais visíveis (menos frequentes) | Xantelasmas (bolinhas amareladas nas pálpebras); Arco corneal (anel branco na íris). | Acúmulo de colesterol em tecidos. | Alerta (indica níveis altos prolongados). |
Emergências (artérias bloqueadas) | Dor intensa no peito + braço esquerdo; Dormência facial/súbita; Dificuldade para falar/enxergar. | Possível infarto ou AVC em curso. | Grave (necessita atendimento imediato). |
Importante: como o colesterol alto não costuma avisar, exames de sangue regulares (pelo menos uma vez ao ano) são a única forma de detectá-lo cedo.
O que é bom para baixar o colesterol alto?
Um problema que afeta 40% da população adulta brasileira, e cerca de 20% de crianças e adolescentes, precisa de uma abordagem assertiva. E baixar o colesterol alto demanda uma ação multifatorial, além de combinar hábitos saudáveis com tratamento médico quando necessário. Veja as melhores práticas:
- Aumente o consumo de fibras (aveia, feijão), ômega-3 (salmão, chia) e gorduras boas (abacate, azeite);
- Reduza o consumo de carnes gordurosas, frituras, margarina e industrializados (ricos em gorduras trans);
- Evite o excesso de açúcar e carboidratos refinados (pão branco, doces etc.);
- Realize 30 minutos ao dia de exercícios (caminhada, natação, yoga, meditação etc.), pois elevam o HDL e reduzem o LDL;
- Pratique musculação duas vezes por semana para ajudar no controle metabólico.
Quando indicado, o tratamento medicamentoso deve ser implementado com a introdução de estatinas (sinvastatina ou atorvastatina), que reduzem a produção de LDL no fígado, da ezetimiba (bloqueia a absorção de colesterol no intestino), ou de inibidores de PCSK9 (para casos graves ou genéticos).
Veja mais conteúdos como esse:
- Cortisol: o que é, para que serve e como pode impactar na saúde mental
- Teste farmacogenético CardioGene: personalize seu tratamento para doenças do coração
- Janeiro Branco GnTech: baixe nossos wallpapers
- Ciência e tecnologia: qualidade de vida com a farmacogenética
- Doenças cardiovasculares: como a genética pode transformar o tratamento
Como o teste farmacogenético CardioGene pode ajudar?
O CardioGene da GnTech é um avanço na medicina personalizada e que funciona por meio da análise do seu DNA. Em seguida, identifica como o seu organismo metaboliza medicamentos para colesterol, especialmente estatinas.
Isso facilita o ajuste na dosagem e na escolha do fármaco, o que aumenta a eficácia e minimiza efeitos colaterais como dores musculares ou danos hepáticos.
Com os dados, seu médico toma decisões em evidências, não em suposições.
E como funciona?
- Coleta de saliva através de um swab bucal;
- Análise em laboratório especializado;
- Relatório detalhado entregue em semanas.
Veja todos os detalhes sobre o teste farmacogenético no vídeo abaixo:
Personalize o tratamento do colesterol alto com a GnTech
Controlar o colesterol alto vai além de números em um exame: é sobre prevenir infartos, AVCs e outras complicações silenciosas. E enquanto dieta e exercícios são indispensáveis, a genética é o elo que faltava para um tratamento realmente eficaz.
Com o teste CardioGene da GnTech, você e seu médico ganham um mapa genético para escolher o medicamento com maior chance de sucesso, evitar dosagens inadequadas e reações adversas.
Assim, é possível criar um tratamento medicamentoso 100% adaptado ao seu organismo. Não perca tempo e peça já o seu!
O que mais as pessoas perguntam sobre colesterol alto?
Ainda tem dúvidas sobre o colesterol alto? Confira as respostas para as principais questões sobre o assunto.
Evite carnes gordurosas, frituras, queijos amarelos, margarina e alimentos industrializados (como bolachas recheadas). Prefira gorduras insaturadas (azeite, castanhas) e fibras.
Consulte um cardiologista para avaliar a necessidade de medicamentos. Paralelamente, adote uma dieta rigorosa (pobre em gordura saturada) e exercícios diários.
Na maioria dos casos, é assintomático. Em fases avançadas, pode causar dor no peito, fadiga ou xantelasmas (bolinhas de gordura nas pálpebras).
Não existe “crise” de colesterol, mas seus efeitos (como infarto) surgem com dor intensa no peito, falta de ar e sudorese fria. Procure ajuda médica imediata.