Demência: primeiros sinais e como lidar
- Guido Boabaid
- Tempo: 7 minutos
A demência é uma condição complexa e desafiadora que afeta muitas pessoas em todo o mundo. No entanto, quando diagnosticada precocemente, pode apresentar boas respostas ao tratamento.
Sendo assim, neste artigo, vamos explorar os primeiros sinais dessa doença, entender suas causas, descobrir seus diferentes tipos e estágios, e o que fazer para preveni-la.
Para saber mais sobre tudo isso, continue conosco e boa leitura!
Sumário
O que leva uma pessoa a demência?
Demência é um termo genérico utilizado para descrever um conjunto de sintomas associados ao declínio das funções cognitivas, que interferem na capacidade de exercer atividades cotidianas.
Suas causas são variadas e envolvem danos progressivos ao cérebro. Doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, por exemplo, são as principais responsáveis por ela.
Isso acontece, principalmente, porque ambas causam a morte gradual das células cerebrais, levando à perda de memória e outras funções. Além disso, fatores vasculares como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) também contribuem para o seu desenvolvimento.
Veja também outras possíveis causas para essa condição:
- Envelhecimento, pois a incidência de demência aumenta com a idade;
- Fatores genéticos, porque certas mutações genéticas aumentam a predisposição para essa doença;
- Estilo de vida, afinal, hábitos como dieta desbalanceada, sedentarismo e certas doenças crônicas (hipertensão, diabetes etc) também contribuem para o desenvolvimento da demência;
- Lesões traumáticas no cérebro e determinadas infecções também, por fim, elevam os riscos para essa doença.
Confira mais informações nesse vídeo do Dr. Dráuzio Varella:
Quais são os primeiros sinais de demência?
Os primeiros sinais de demência, muitas vezes, são confundidos com os efeitos normais do envelhecimento, incluem perda de memória, desorientação, problemas com a fala, mudanças de humor e comportamento, entre outras.
A seguir, confira os principais indicativos dessa condição:
- Perda de memória recente: esquecer eventos que acabaram de acontecer, perguntar a mesma coisa várias vezes e perder objetos com frequência são sinais de alerta;
- Dificuldades com palavras: ter problemas em encontrar palavras ou acompanhar uma conversa;
- Desorientação: perder-se em locais familiares, não reconhecer pessoas e esquecer-se de datas importantes;
- Mudanças no humor e comportamento: apatia, ansiedade e até mesmo alterações de personalidade;
- Problemas com tarefas diárias: dificuldades em planejar e executar tarefas simples, como cozinhar ou administrar finanças, também é comum.
Quais são os três tipos de demência?
Existem vários tipos de demência. No entanto, os mais comuns são o mal de Alzheimer, a demência vascular e a demência por corpos de Lewy. Confira mais detalhes sobre elas a seguir.
- Mal de Alzheimer: é o tipo mais comum, responsável por 60% a 80% dos casos. Caracterizado pela formação de placas beta-amiloides e emaranhados de tau no cérebro, ele provoca a degeneração e a morte das células nervosas. Seus sintomas, por fim, incluem perda de memória, dificuldades na linguagem, desorientação e mudanças de humor;
- Demência vascular: causada por problemas de circulação sanguínea no cérebro, seus sintomas variam conforme a área afetada. Contudo, incluem declínio de raciocínio, planejamento e julgamento. Pode ocorrer de forma repentina após um AVC ou, ainda, progredir gradualmente;
- Demência por corpos de Lewy: diz respeito à presença de depósitos anormais de proteínas (ou corpos de Lewy) nas células cerebrais. Além dos sintomas típicos, como perda de memória e confusão, esse tipo apresenta alucinações visuais, problemas de movimento semelhantes aos de Parkinson e distúrbios do sono.
No mais, vale reforçar que cada tipo de demência possui características distintas e, por isso, pode exigir tratamentos diferentes. Sendo assim, fazer um diagnóstico certeiro dessa condição é o primeiro passo para saber como lidar com ela.
Quais são os seis estágios da demência?
A demência costuma progredir em seis estágios principais: sem comprometimento cognitivo, comprometimento cognitivo muito leve, comprometimento cognitivo leve, demência moderada, demência moderadamente grave e demência grave.
Acompanhe:
- Estágio 1 – sem comprometimento cognitivo: aqui, não há sintomas visíveis de demência. A pessoa age e realiza as atividades diárias normalmente;
- Estágio 2 – comprometimento cognitivo muito leve: nessa etapa, é possível perceber pequenas falhas de memória que, a priori, não interferem na vida cotidiana, como esquecer algumas palavras ou onde colocou certos objetos;
- Estágio 3 – comprometimento cognitivo leve: podendo durar até sete anos antes de progredir, esse estágio é marcado pelo aumento das dificuldades cognitivas. A pessoa, aqui, começa a ter mais problemas para encontrar palavras, organizar tarefas e lembrar-se de compromissos;
- Estágio 4 – Demência moderada: agora, os sintomas são claros e começam a afetar o cotidiano do paciente, levando-o a ter dificuldades para realizar tarefas complexas, como gerenciar finanças, e se tornar mais isolado socialmente;
- Estágio 5 – Demência moderadamente grave: aqui, a perda de memória é significativa. Por isso, a pessoa pode precisar de ajuda para realizar atividades básicas como se vestir e tomar banho. A desorientação no tempo e no espaço também é comum;
- Estágio 6 – Demência grave: nesse estágio, a demanda por assistência é constante. Além disso, a comunicação é muito limitada e há uma perda substancial de habilidades motoras. Mudanças de humor e comportamento também são frequentes.
O que se pode fazer para prevenir a demência?
Embora não haja uma forma garantida de prevenir a demência, práticas como manter uma dieta saudável, fazer exercícios regularmente e estimular a mente podem reduzir os riscos para o seu desenvolvimento.
Além disso, são outras estratégias igualmente eficazes:
- Evitar o consumo excessivo de álcool;
- Não fumar;
- Manter o controle de doenças crônicas (especialmente hipertensão, diabetes e colesterol alto);
- Manter-se socialmente ativo.
E lembre-se: adotar essas práticas pode reduzir os riscos para demência, mas não exclui a necessidade de um acompanhamento médico regular. Se você apresenta um ou mais fatores de risco para essa condição, mantenha os check-ups em dia.
Conclusão
Em resumo, entender a demência, seus sinais, tipos e estágios é o primeiro passo para lidar com ela de forma tranquila e com bons resultados.
Desde a identificação precoce até a implementação de estratégias preventivas, cada etapa é igualmente importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e de seus familiares.
É sempre importante lembrar que essa condição não deve ser enfrentada sozinha, mas sim, com o apoio adequado de profissionais especializados e com informações corretas. Assim, é possível gerenciar seus desafios e encontrar maneiras de manter a dignidade e o bem-estar!
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Perguntas frequentes
A seguir, confira as respostas para as dúvidas mais comuns sobre demência.
A pessoa com demência pode ter comportamentos variados. Nos início, pode-se esquecer eventos recentes e ter dificuldades para encontrar palavras. Nos mais avançados, pode haver desorientação, problemas de comunicação e mudanças de humor e personalidade.
O mal de Alzheimer é considerado o tipo mais comum e grave de demência.
A fase final da demência é marcada por uma perda quase completa das habilidades cognitivas e físicas. A pessoa pode não reconhecer familiares e amigos, perder a capacidade de comunicação e necessitar de cuidados intensivos.
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