Ocitocina: veja tudo sobre o hormônio do amor
- Júlia Silva
- Tempo: 7 minutos
A ocitocina, também chamada de hormônio do amor, está relacionada à geração de sensações como a felicidade e o prazer de estar próximo a entes queridos.
Por estar ligada a esses sentimentos bons, esse neurotransmissor é muito importante para a saúde mental.
Neste guia, separamos tudo para você entender a função da ocitocina, quais são os seus efeitos, o que sua falta pode causar, como é liberada e muito mais.
Sumário
O que é a ocitocina e para que serve?
A ocitocina (ou o “hormônio do amor”) é uma substância produzida no cérebro e responsável por diversos aspectos da vida humana, especialmente nas relações sociais e na reprodução.
Além de sua função como hormônio, ela atua como neurotransmissor ao enviar sinais entre as células nervosas. Portanto, essa funcionalidade permite que a ocitocina influencie tanto em processos fisiológicos quanto comportamentais.
Isso porque, essa substância é produzida no hipotálamo, uma região do cérebro que controla diversas funções do organismo, como a temperatura corporal, o sono e o apetite. A partir do hipotálamo, ela é armazenada na glândula pituitária posterior e sua liberação na corrente sanguínea acontece quando o corpo necessita.
Qual é a função da ocitocina?
Por ser liberada durante o contato físico, como abraços e carícias, a ocitocina é importante para a formação de relacionamentos e da sensação de carinho. Ao alcançar o organismo, ela promove sentimentos de confiança, empatia e bem-estar.
Assim, é a partir desta associação que o cérebro fortalece os vínculos sociais.
Além disso, o hormônio do amor é responsável pelas contrações que antecedem o parto e também pelo estímulo à produção de leite materno.
Ainda, estudos descobriram que a ocitocina é uma grande aliada da saúde mental porque ela diminui os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e promove uma sensação de calma e relaxamento.
Por seus efeitos, é importante para a redução da ansiedade e melhorar a qualidade de vida.
Ocitocina no corpo masculino e feminino
Apesar de seus efeitos serem mais notados em mulheres, os comportamentos e sensações de ambos os sexos são influenciados pela ocitocina. Conheça essas diferenças!
Qual o efeito da ocitocina no corpo da mulher?
A liberação da ocitocina fica ainda mais evidente nas mulheres durante a gravidez, o parto e a amamentação. Alguns processos em que ela influencia são:
- Preparação do parto: o neurotransmissor ajuda a sensibilizar o útero às contrações e a torná-lo mais flexível. Além disso, age junto com outros hormônios, como a progesterona e o estrogênio, para garantir o equilíbrio de todas essas substâncias;
- Vínculo materno: pelos sentimentos que desperta, ajuda a gestante a criar uma antecipação positiva em relação ao bebê;
- Amamentação: é nesse momento em que a conexão entre mãe e filho se fortalece. Da mesma forma, o ato de amamentar faz com que o corpo da mulher libere ocitocina, o que influencia no bem-estar de ambos.
Qual o efeito da ocitocina no corpo do homem?
Para os homens, o efeito da ocitocina é similar ao das mulheres, com uma diferença mais notável em relação à sua função no comportamento e hábitos sexuais:
- Vida sexual: o hormônio do amor é liberado durante o orgasmo e tem conexão direta com a sensação de prazer e satisfação. Além disso, pode facilitar a ejaculação e aumentar a sensibilidade durante o ato sexual;
- Comportamento: o neurotransmissor influencia o comportamento social masculino, pois promove a cooperação, a generosidade e a redução da agressividade;
- Regulação da testosterona: a ocitocina pode interagir com a testosterona, o que influencia na expressão de ações sociais e sexuais. Nesses casos, os homens têm um comportamento mais gentil e afetuoso.
Portanto, em linhas gerais, a principal função da ocitocina é influenciar na sensação de prazer e felicidade que acompanha as relações interpessoais. Apesar disso, ela pode influenciar mulheres e homens de formas diferentes, por motivos biológicos.
O que faz liberar a ocitocina?
Para liberar a ocitocina, é preciso de um estímulo físico ou emocional. Alguns dos principais incentivos para esse hormônio ser liberado no corpo são:
- Contato físico;
- Experiências positivas;
- Relações sexuais;
- Parto;
- Amamentação.
Existem algumas maneiras de colaborar com a produção da ocitocina no corpo. A indicação é praticar atividades que tragam prazer a você, como esportes, meditação e tempo em contato com a natureza.
O que acontece quando há falta de ocitocina?
A falta de ocitocina no corpo prejudica a saúde mental e física. Assim, alguns dos efeitos que as pessoas com esse problema podem ter são redução da libido, dificuldade em amamentar (para as mulheres), dificuldade em criar laços emocionais e problemas de confiança.
Em casos mais graves, podem ocorrer casos de depressão, ansiedade, estresse crônico e isolamento social. Portanto, consulte um médico para entender se essa situação está relacionada a outra deficiência hormonal.
O que o excesso de ocitocina pode causar?
Ainda não existem resultados concretos sobre como o hormônio do amor também pode ser prejudicial.
Apesar disso, os estudos que estão sendo conduzidos indicam que o excesso de ocitocina está associado a comportamentos típicos de relacionamentos abusivos.
Isso porque, alguns de seus sintomas incluem ciúmes, possessividade e dependência emocional. Ao levar os níveis de afeto ao extremo, o neurotransmissor pode causar ações impulsivas.
Assim, o corpo busca um equilíbrio hormonal, e qualquer desequilíbrio pode levar a problemas de saúde.
Conclusão
Como vimos, a ocitocina é um composto importante para funções do corpo ligadas às relações sociais. Apesar de afetar mulheres e homens de maneiras particulares, no geral, os efeitos são similares.
Portanto, para estimular a liberação desse hormônio, inclua relacionamentos saudáveis e atividades prazerosas na sua rotina.
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Perguntas frequentes
Confira as principais perguntas e respostas sobre a ocitocina.
A ocitocina atua na formação de laços sociais e aumenta sentimentos de confiança, empatia e apego.
A liberação da ocitocina acontece durante momentos prazerosos e de bem-estar. Alguns exemplos são afeto físico, relações sexuais e amamentação.
Ainda não existem estudos que comprovem os males do excesso de ocitocina no corpo. Entretanto, pesquisas sugerem a relação do hormônio com ciúmes e possessividade.
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