TOC: saiba como funciona o tratamento

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma condição de saúde mental caracterizada por pensamentos intrusivos e obsessivos (obsessões) que levam a comportamentos repetitivos (compulsões). Estes comportamentos são realizados na tentativa de aliviar a ansiedade causada pelas obsessões.

O TOC pode interferir significativamente na vida diária de uma pessoa, afetando suas relações, trabalho e qualidade de vida. Felizmente, existem tratamentos eficazes disponíveis que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com TOC.

Acompanhe o conteúdo de blog e saiba tudo sobre o assunto. Boa leitura!

O que é o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)?

O TOC é caracterizado pela presença de obsessões e compulsões:

  • Obsessões: Pensamentos, imagens ou impulsos repetitivos e indesejados que causam ansiedade ou desconforto significativo.
  • Compulsões: Comportamentos repetitivos ou atos mentais que uma pessoa se sente compelida a realizar para reduzir a ansiedade causada pelas obsessões ou para prevenir algum evento temido.

Por exemplo, uma pessoa com TOC pode ter uma obsessão com germes e contaminação, levando-a a lavar as mãos repetidamente (compulsão) para aliviar o medo de adoecer. Porém, também há diferentes tipos de TOC, como por exemplo:

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  • TOC com números ímpares ou pares e cores, como por exemplo colocar apenas um número de roupas pares para lavar na máquina ou organizar todas as suas roupas por cor, caso contrário, há um sentimento de ansiedade e pensamento obssessivo;
  • TOC de verificação, como por exemplo, não sair de casa sem verificar várias vezes se a porta está chaveada ou o fogão está desligado;
  • TOC de pensamentos intrusivos, como por exemplo, imagens de catástrofes ou desastres, ou até mesmo acidentes envolvendo pessoas queridas.
Ilustração de uma mulher com TOC.

Pesquisas recentes sobre o TOC

As pesquisas recentes mostram que o transtorno obsessivo-compulsivo afeta cerca de 2% da população mundial. O TOC é geralmente crônico e, se não tratado, os sintomas permanecem durante toda a vida da pessoa. Raramente os sintomas desaparecem por completo, sendo comum a sua manifestação em flutuações ao longo da vida, com períodos de aumento e diminuição de intensidade.

O TOC pode atingir pessoas de todas os grupos étnicos e de gênero podendo, inclusive, se manifestar na infância, entre os 9 a 11 anos de idade. Nos adultos, ele se manifesta na faixa etária dos 30 anos, mas o pico de maior incidência é em torno dos 20 anos de idade. Portanto, com relação a causa do TOC, o que se sabe hoje em dia é que ele tem base neurobiológica e, como a maioria dos transtornos psiquiátricos, ele tem uma causa multifatorial: são várias as determinantes envolvidas.

Sintomas do TOC

Já se sabe que a doença vai se manifestar de acordo com a interação dos fatores neurobiológicos e das influências ambientais. Acredita-se que as pessoas que desenvolvem o TOC tenham predisposição biológica a reagir de uma forma acentuada ao estresse. Elas são mais sensíveis a isso, e tendem a apresentar pensamentos intrusivos e desagradáveis que vão gerar ainda mais ansiedade. Esse agravante piora os pensamentos da pessoa, e ela acaba desenvolvendo um ciclo vicioso do qual não consegue sair sem ajuda.

O TOC é um tipo transtorno de ansiedade e ele tem base neurológica, ou seja, acontece por algumas alterações desencadeadas no cérebro. As pessoas apresentam pensamentos e comportamentos repetitivos que não tem sentido, são desagradáveis e trazem muito sofrimento por serem difíceis de evitar. O TOC se caracteriza pelas obsessões e convulsões e elas vão ocupar uma quantidade considerável de tempo do portador, interferindo na sua relação familiar e social.

Alguns sintomas comuns são:

  • Medo excessivo de contaminação por germes ou sujeira;
  • Pensamentos intrusivos de causar dano a si mesmo ou aos outros;
  • Necessidade de simetria e ordem, como alinhar objetos de uma certa maneira;
  • Comportamentos repetitivos, como verificar várias vezes se as portas estão trancadas;
  • Rituais mentais, como repetir frases ou contar em silêncio para prevenir algo negativo.

Entende-se por obsessão pensamentos, ideias e imagens que são intrusivos. Ou seja, a pessoa não quer lembrar daquilo, mas estes pensamentos invadem a sua mente sem que ela tenha controle sobre isso. Em consequência, a pessoa fica preocupada, se sente culpada e angustiada. O portador de TOC tem pensamentos repetitivos que, por mais que não queira pensar, ele não tem controle sobre e o pensamento fica ali ao longo do dia, atrapalhando a sua qualidade de vida.

Causas do TOC

A causa exata do TOC não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais. Alguns possíveis fatores incluem:

  • Genética: Estudos mostram que o TOC pode ter uma base genética, com maior probabilidade de ocorrer em famílias.
  • Biologia: Anormalidades em certas áreas do cérebro e desequilíbrios de neurotransmissores, como a serotonina, podem desempenhar um papel no desenvolvimento do TOC.
  • Ambiente: Experiências traumáticas ou estressantes, especialmente na infância, podem desencadear o TOC em indivíduos predispostos.

Como tratar o transtorno obsessivo-compulsivo?

Os tratamentos mais eficazes para o TOC envolvem medicações e a terapia. As medicações utilizados são os antidepressivos, eles atuam inibindo a recaptação de serotonina para reduzir o nível de ansiedade. Estes fármacos têm uma ação anti obsessiva, ajudando no controle de pensamentos obsessivos. Assim, é muito comum que, para o tratamento do TOC, seja necessário usar doses maiores que as doses utilizadas na depressão. A resposta a medicação geralmente é mais lenta, podendo levar até 12 semanas.

O teste farmacogenético pode ser uma ferramenta importante para direcionar o tratamento de forma mais assertiva e segura. O exame ajuda a identificar tendências de comportamento dos fármacos no organismo do paciente, indicando quais medicamentos e dosagens devem ser mais adequados. Assim, o teste farmacogenético respeita a singularidade genética de cada indivíduo e isto faz com que as prescrições médicas se tornem mais exatas, diminuindo o sofrimento do paciente, melhorando a taxa de resposta do tratamento e, por consequência, a sua qualidade de vida.

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