Ansiedade e depressão: como Dona Lourdes transformou sua saúde mental com a farmacogenética
- Por Júlia Silva
- Tempo: 7 minutos
A ansiedade e a depressão afetam milhões de pessoas em todo o mundo, causando sofrimento emocional e impactando a qualidade de vida.
Quem enfrenta esses transtornos muitas vezes passa por uma longa jornada em busca do tratamento certo, testando diferentes medicamentos e terapias sem sucesso.
Esse foi o caso de Dona Lourdes, que passou anos lutando contra a depressão sem encontrar uma solução. Sua história foi destaque na Veja Saúde e mostrou como a farmacogenética pode ser uma aliada poderosa na escolha do tratamento adequado.
Mas como exatamente a ansiedade e a depressão se relacionam? E de que forma a farmacogenética pode transformar a forma como esses transtornos são tratados? Vamos entender melhor esse assunto ao longo do texto.
Sumário
Como se sente uma pessoa com ansiedade e depressão?
Ansiedade e depressão são transtornos psiquiátricos que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Em geral, a pessoa sente preocupações excessivas, medo, insegurança, tristeza constante, vazio, desesperança, entre outros.
Embora distintas, as condições compartilham sintomas que podem se sobrepor, tornando o diagnóstico um pouco mais difícil e delicado.
Sintomas da ansiedade
A ansiedade vai além da preocupação normal do dia a dia. Quem sofre desse transtorno pode apresentar os seguintes sintomas:
- Preocupação excessiva e incontrolável, muitas vezes sem motivo aparente;
- Sensação constante de medo e insegurança;
- Dificuldade para relaxar e dormir;
- Fadiga excessiva, mesmo sem esforço físico intenso;
- Taquicardia, suor excessivo e tremores;
- Sensação de sufocamento e crises de pânico.
Sintomas da depressão
Por outro lado, a depressão se manifesta de forma diferente. Veja abaixo os sintomas mais comuns:
- Tristeza persistente e sem causa aparente;
- Falta de interesse em atividades antes prazerosas;
- Sensação de vazio e desesperança;
- Alterações no sono, como insônia por exemplo;
- Falta de apetite constante;
- Dores físicas sem explicação médica;
- Pensamentos negativos recorrentes;
- Perda gradativa do autocuidado como tomar banho e escovar os dentes.
Quando os sintomas aparecem juntos, o paciente pode ser diagnosticado com transtorno misto de ansiedade e depressão, o que exige um tratamento ainda mais cuidadoso.
Quando a ansiedade vira depressão?
Pessoas com ansiedade crônica enfrentam um desgaste emocional intenso, o que pode fazer com que, ao longo do tempo, desenvolvam um quadro depressivo. Da mesma forma, pessoas já deprimidas podem desenvolver ansiedade devido à pressão e ao estresse associados à sua condição.
Fatores emocionais e gatilhos psicológicos, como traumas, perdas e estresse crônico, podem impactar o funcionamento do cérebro, aumentando a vulnerabilidade a esses transtornos.
Além disso, há uma influência genética importante: estudos indicam que algumas pessoas possuem predisposição hereditária para desenvolver ansiedade e depressão simultaneamente.
O papel da farmacogenética no tratamento de ansiedade e depressão
A farmacogenética estuda como as variações genéticas individuais influenciam a resposta aos medicamentos.
Isso significa que, ao analisar o DNA do paciente, é possível prever quais medicamentos irão funcionar melhor e quais podem causar efeitos colaterais indesejados.
No caso da ansiedade e depressão, isso faz uma grande diferença, pois muitos pacientes passam por diversas tentativas antes de encontrar o medicamento adequado.
A farmacogenética tem outras vantagens além de encontrar a medicação correta de forma individual, veja abaixo algumas delas:
- Ajustar as doses de acordo com o metabolismo de cada indivíduo;
- Reduzir o tempo de espera até a melhora dos sintomas;
- Evitar reações adversas e efeitos colaterais.
Isso torna o tratamento mais seguro, eficiente e personalizado, garantindo uma resposta medicamentosa mais previsível.
História da Dona Lourdes: como a farmacogenética transformou sua saúde mental
Em entrevista para a Veja Saúde, a Dona Lourdes contou que passou anos tentando diferentes antidepressivos, porém, sem sucesso. Ela sentia que os remédios não faziam efeito e sofria com os diversos efeitos colaterais — o que é comum quando a abordagem medicamentosa é feita na base da tentativa e erro.
Foi quando decidiu fazer um exame farmacogenético para entender melhor como seu corpo metaboliza os medicamentos. E o resultado revelou que alguns antidepressivos comuns não eram compatíveis para ela devido ao seu metabolismo e a estavam intoxicando.
“O primeiro mês com o novo tratamento foi o mais difícil, porque eu precisava tirar do meu corpo aquilo que vinha tomando esse tempo todo e introduzir a nova medicação. Mas, em coisa de dois meses, já com a terapia recém-introduzida, comecei a me sentir diferente, a autoestima e o sono melhoraram. Para surpresa de todos, eu já era outra!”
A partir dessa descoberta, seu médico ajustou a medicação de acordo com seu perfil genético, levando a uma melhora significativa em sua saúde mental.
Hoje, Dona Lourdes relata que finalmente encontrou um tratamento que funciona para ela e que voltou a ter mais qualidade de vida.
Assim como a Dona Lourdes, existem muitos outros casos de sucesso com os testes farmacogenéticos! Conheça quais são.
Qual médico trata a ansiedade e depressão
O médico mais indicado para te ajudar é o psiquiatra. Ele é o especialista que diagnostica e prescreve medicamentos, caso necessário, para tratar esses transtornos.
Mas o tratamento não precisa (e nem deve) ser feito apenas com medicamentos antidepressivos.
Além da psiquiatra, o psicólogo também é essencial no processo. A terapia ajuda a lidar com os pensamentos negativos, controlar a ansiedade e melhorar o bem-estar emocional, e outros profissionais também podem ajudar.
Nutricionistas podem orientar uma alimentação balanceada que impacta na saúde mental, educadores físicos incentivam a prática de exercícios, que aliviam os sintomas, e até neurologistas podem ser consultados em alguns casos.
O ideal é um tratamento personalizado, com uma equipe multidisciplinar, para encontrar o melhor caminho para cada pessoa.
Como curar a ansiedade e depressão?
Não existe uma fórmula para curar a ansiedade e depressão. É necessário o trabalho de uma equipe multiprofissional para lidar com esses transtornos.
Dentro desse trabalho, algumas abordagens podem ajudar além do uso de medicamentos, como por exemplo:
- Terapia cognitivo-comportamental para modificar padrões de pensamento negativos;
- Mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação saudável e prática de exercícios;
- Meditação e mindfulness para controlar os sintomas da ansiedade;
- Suporte emocional de amigos e familiares;
- Psiquiatria e farmacogenética para um tratamento mais preciso e seguro.
Aposte na farmacogenética para um tratamento mais eficiente
A história de Dona Lourdes mostra como a farmacogenética pode transformar a vida de quem sofre com ansiedade e depressão.
Ao considerar as particularidades genéticas de cada pessoa, é possível reduzir os riscos de efeitos colaterais e garantir um tratamento mais individual.
Essa abordagem personalizada pode ser o caminho para manter o equilíbrio e qualidade de vida e da saúde mental. Por isso, conte com a GnTech para cuidar da sua saúde.
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Perguntas frequentes sobre ansiedade e depressão
Veja abaixo as principais dúvidas sobre ansiedade e depressão.
Embora compartilhem sintomas, a ansiedade geralmente envolve preocupação excessiva e estado de alerta, enquanto a depressão causa tristeza profunda e perda de interesse.
Os sintomas mais debilitantes são crises de pânico, sensação de perigo iminente, palpitações, sudorese intensa e dificuldade para respirar.
O diagnóstico é clínico, baseado na avaliação dos sintomas. No entanto, exames genéticos podem ajudar na personalização do tratamento.
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