Autismo é genético? Entenda o que influencia o desenvolvimento do TEA

Atualmente, um dos assuntos mais comentados entre as famílias é o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Porém, apesar de sua popularidade, a dúvida que ainda predomina é: o autismo é genético?

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que influencia a comunicação, o comportamento e a interação social. Ele não tem um tratamento específico e, sem um diagnóstico e tratamento adequados, pode comprometer a qualidade de vida da criança e do adulto. 

A boa notícia, no entanto, é que quanto mais cedo for o seu diagnóstico, maiores serão as chances de que o pequeno se desenvolva bem nas habilidades comportamentais. 

Sendo assim, compreender as causas dessa condição é o primeiro passo para um diagnóstico preciso e precoce, além de um tratamento assertivo

Para saber, então, se o autismo é genético e quais são seus principais fatores de risco, é só continuar a leitura.

Vamos lá?

Qual a causa genética do autismo?

É possível dizer que, predominantemente, o autismo é genético. Uma das causas mais importantes são as alterações nos neurônios cerebelares, que influenciam a forma como as células do cérebro se comunicam, o que pode levar aos comportamentos e desafios característicos da condição.

Mutações em genes como o SHANK3, CHD8 e SCN2A, essenciais para o desenvolvimento do cérebro e na comunicação dos neurônios, são frequentemente associadas a essa condição.

Contudo, precisamos entender que, por mais que certas condições sejam genéticas e/ou hereditárias, isso não exclui o fato de que elas podem ser relacionadas a outros agentes ou acontecer de forma espontânea.

Para comprovar a questão genética do autismo, um estudo recente feito pelo JAMA Psychiatry revelou que aproximadamente 81% dos casos são hereditários. Isso significa, basicamente, que a maioria das variações associadas ao TEA são passadas de pais para filhos. 

No entanto, como dissemos, existem outros fatores de risco associados que corroboram não só com a hipótese de que o autismo é genético, como também que pode ser influenciado por outros agentes. A seguir, falaremos mais sobre eles.

Fatores ambientais também podem causar autismo?

Para além dos riscos que comprovam que o autismo é genético, alguns estudos sugerem que certos fatores ambientais, como poluição, idade avançada dos pais, ingestão de agrotóxicos, uso excessivo de telas e infecções da gestante também podem alterar os genes e levar ao diagnóstico de autismo.

Uma pesquisa da USP cruzou dados de pacientes e mostrou que passar por traumas e estresse durante a gestação, por exemplo, podem aumentar as chances para o desenvolvimento do TEA nos bebês. 

Traumas na gravidez e autismo

No entanto, é importante ressaltar que tais fatores não causam, diretamente, o autismo. Porém, somados às predisposições genéticas, podem influenciar diretamente no desenvolvimento do transtorno.

É por isso que, no fim das contas, quanto mais você souber sobre esse transtorno e, ainda mais importante, sobre o histórico da sua família, melhor.

Como saber se vou ter um filho autista?

A próxima dúvida que surge é: é possível, para os pais, saber se terão filhos com Transtorno do Espectro Autista? A resposta é: depende de fatores que podem agravar ou não os riscos de desenvolvimento dessa condição.

Um estudo finalizado em 2009 mostrou que fatores como gravidez tardia (acima dos 40 anos), diferença de idade significativa entre os pais e gestação na adolescência aumentam os riscos para se ter filhos com TEA.

Entretanto, não é possível ter certeza do diagnóstico antes do nascimento.

E a próxima dúvida a responder : se é possível detectar as variantes que aumentam a probabilidade do autismo, será que é possível preveni-lo?

Confira a resposta a seguir.

É possível prevenir o autismo genético?

Por estar diretamente associado a mutações genéticas, conhecer o seu perfil genético, identificar seus sinais o mais cedo possível e realizar intervenções precoces pode melhorar significativamente o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança. 

Não é possível, entretanto, prevenir o autismo genético. As ferramentas mais importantes são o conhecimento, o diagnóstico precoce e a adoção de medidas terapêuticas adequadas.

Dessa forma, começar terapias comportamentais e acompanhamento médico especializado são excelentes alternativas para ampliar as habilidades dos pequenos desde cedo e promover o bem-estar.

Perguntas frequentes

A seguir, confira as respostas para as principais dúvidas que recebemos sobre o assunto.

Qual a causa genética do autismo?

A causa genética do autismo está relacionada a mutações em vários genes que afetam o desenvolvimento e a comunicação neuronal. 

Quem tem mais chance de ter filho autista?

Pessoas com histórico familiar de autismo, pais mais velhos e aqueles expostos a fatores ambientais de risco durante a gestação têm maior chance de ter um filho autista.

O que leva uma criança a nascer com autismo?

O autismo pode resultar de fatores genéticos e ambientais. Mutações genéticas, estresse e infecções durante a gravidez são alguns dos fatores que podem aumentar o risco.

Conclusão

Tão importante quanto saber se o autismo é genético de fato, é que os futuros pais se preocupem em entender o histórico de suas famílias e aprendam a identificar os sinais desse transtorno o quanto antes.

Ressaltamos que, com um diagnóstico precoce, as chances de um desenvolvimento apropriado são ainda maiores. Dessa forma, se você suspeita de que seu filho possa ser autista, ou de que sua família tenha um histórico para essa condição, não espere para agir!

Considere realizar o mapeamento genético e procure por ajuda profissional especializada. Nós, da GnTech, ficaremos felizes em lhe ajudar a dar os primeiros passos. Conte conosco!

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