Gravidez de risco: conheça todos os sintomas
- Júlia Silva
- 21/10/2024
- Tempo: 7 minutos
O pré-natal e outros exames preventivos são importantes para prevenir a gravidez de risco.
Isso porque, apesar de a maioria das gestações acontecerem sem complicações, é necessário investigar, o quanto antes, se existe alguma condição de risco para a gestante ou o bebê.
Pensando nisso, a seguir, você entenderá mais sobre o que é considerado uma gravidez de risco, quais seus tipos, sintomas e como prever esses fatores.
Sumário
O que é considerado uma gravidez de risco?
Uma gravidez de risco é aquela em que a gestante apresenta condições que podem comprometer sua saúde ou a do bebê durante a gestação, parto ou pós-parto.
Ou seja, se existem condições de saúde antecedentes à gravidez, como doenças crônicas (diabetes, hipertensão, doenças cardíacas), ou se elas se desenvolveram durante a gestação, como a pré-eclâmpsia ou a diabetes gestacional.
Assim, se nenhum desses fatores estiver presente, a gravidez pode ser considerada normal. Entretanto, mesmo com uma melhora ou estabilização dos problemas que caracterizam a gestação de risco, não existe um tempo específico para que esse risco passe.
Por isso, conheça os principais motivos para uma gravidez de risco:
- Idade da gestante;
- Condições de saúde;
- Histórico de complicações em outra gravidez;
- Gestação anterior de gêmeos.
É importante saber que eles ainda podem evoluir e desencadear os 3 fatores de risco da gestação de alto risco: hemorragias, parto prematuro e desenvolvimento de doenças crônicas ou má formações no bebê.
Embora super relevante, essa é uma realidade pequena, se comparada ao total de gestações no mundo. Cerca de 10% das gestações são de alto risco, segundo a Revista da Medicina da Gestante e do Feto, um estudo internacional.
Como saber se a gravidez é de risco?
A gravidez de risco ocorre se a gestante apresentar ou desenvolver algum fator que necessite de repouso ou acompanhamento médico frequente.
Alguns dos fatores que podem indicar essa condição:
- Tonturas e desmaios frequentes;
- Dor de cabeça intensa;
- Dor forte nos braços ou pernas;
- Ganho de muito peso em pouco tempo;
- Sensação de sede frequente;
- Dor abdominal intensa;
- Sangramento vaginal;
- Hipertensão arterial;
- Inchaço excessivo nas mãos, pés e rosto;
- Problemas urinários;
- Ganho súbito de peso;
- Cólicas intensas;
- Aceleração repentina dos batimentos cardíacos;
- Dificuldade para caminhar.
Segundo um artigo científico nacional, os fatores de risco mais frequentes são a infecção do trato urinário (39,9%), o ganho de peso excessivo (30,4%), a anemia (14%), a ameaça de abortamento (11%) e a hipertensão gestacional (10,4%).
Assim, o diagnóstico de uma gravidez de risco depende da avaliação do histórico médico, dos exames realizados durante o pré-natal e dos sintomas apresentados. Por isso, é sempre indispensável passar por uma avaliação com o obstetra especialista.
O que fazer quando se tem uma gravidez de risco?
Ao receber o diagnóstico de uma gravidez de risco, é importante seguir as orientações do seu médico e permanecer em repouso. Assim, é necessário ter ainda mais atenção com suas consultas com o obstetra e exames de pré-natal. Nesses casos, estes exames serão mais frequentes.
Além disso, pode ser necessário o acompanhamento com um nutricionista. Uma alimentação rica em nutrientes é importante para o desenvolvimento fetal e a saúde da mãe. Por isso, é importante manter uma dieta equilibrada e diminuir o consumo excessivo de sal e açúcar, principalmente.
Em geral, na gravidez de risco, deve-se evitar exercícios que coloquem a gestante ou o feto em risco, como exercícios de alto impacto, com risco de queda ou trauma abdominal e “esportes de contato”. A gestante pode optar por atividades como pilates, yoga, ou academia com acompanhamento profissional. Além de prezar por um sono de qualidade e priorizar atividades relaxantes, como meditação.
Se você está passando por uma gravidez de risco, também é importante evitar a automedicação. Certos medicamentos podem afetar ainda mais o quadro de saúde da gestante e interferir no desenvolvimento fetal.
Por isso, sempre consulte o seu obstetra caso precise de utilizar qualquer tipo de remédio. A avaliação de cada caso é feita individualmente pelo seu profissional de confiança.
Tem como prever fatores de risco para gravidez?
Um fator de risco para gravidez pode ser a predisposição ou alteração genética e, para isso, alguns testes podem ajudar.
Assim, analisar o gene MTHFR é importante para entender essas possibilidades. Isso porque, ele é responsável por produzir uma substância importante, chamada L-Metilfolato. O L-Metilfolato, por sua vez, é responsável por transformar um outro componente do nosso corpo, a homocisteína, em uma substância inofensiva.
Quando esse gene MTHFR não funciona direito, ela produz menos L-Metilfolato. Com essa deficiência, a homocisteína, um aminoácido presente no sangue, se acumula no nosso organismo, e seu excesso gera uma condição associada a gestações de risco, chamada hiper-homocisteína.
Esse fator está ligado a um maior risco de complicações, como abortos de repetição.
Por isso, é importante saber se você tem alguma alteração no gene MTHFR. Ao identificar essa alteração, é possível tomar algumas medidas para reduzir os riscos, como fazer uso de suplementos de ácido fólico ou metilfolato, sob orientação médica.
A boa notícia é que você pode mapear e prevenir essa predisposição genética! Conheça o Teste Genético MTHFR da GnTech, que avalia os riscos do surgimento desta condição.
Conclusão
Em resumo, a gravidez de risco acontece por uma série de fatores, que variam desde condições pré-existentes à gestação a outras que se desenvolvem durante ela.
Desta forma, o acompanhamento pré-natal é necessário para garantir a saúde da mãe e do bebê. É possível mapear e prever a predisposição genética para uma gravidez de risco.
Para saber como podemos ajudar você a prevenir essas condições, conheça mais sobre as análises e testes preditivos da GnTech!
Perguntas frequentes
Confira as principais perguntas frequentes sobre o tema.
Uma gravidez após os 35 anos é considerada de risco. Isso porque, nesses casos, a grávida tem maiores chances de apresentar doenças crônicas, como hipertensão e diabetes gestacional, apesar de não ser uma regra.
Considera-se a gravidez como de alto risco quando há condições de saúde que botam em risco a vida da mãe e do bebê. Elas podem existir antes mesmo da gestação ou serem desenvolvidas durante ela.
As gestações de alto risco acontecem por doenças crônicas, idade materna, gestações anteriores que apresentaram complicações e condições que se desenvolvem durante a gravidez.
O CID Z35 é o código médico da gravidez de risco.
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