Intolerância ao Glúten: conheça as causas, sintomas e como tratar
- Por Júlia Silva
- 11/04/2025
- Tempo: 7 minutos
Imagine sentir desconforto toda vez que consumir um pão pela manhã, uma pizza no final de semana ou mesmo um pedaço de bolo em um aniversário. Para quem sofre com intolerância ao glúten, isso é uma realidade.
Essa condição afeta a capacidade do corpo de digerir adequadamente o glúten, proteína presente em cereais consumidos no dia a dia da maioria das pessoas, causando desconfortos intestinais até problemas mais sérios.
Por isso, ter um diagnóstico correto faz toda diferença, pois permite adaptar a dieta para evitar complicações e também para melhorar a qualidade de vida.
Continue a leitura para entender mais sobre o que é intolerância ao glúten, como ela se manifesta no corpo e as principais formas de tratamento dessa condição.
Sumário
O que é intolerância ao glúten?
Intolerância ao glúten acontece quando o organismo reage negativamente ao consumo dessa proteína, que está presente no trigo, centeio e cevada. No entanto, é importante saber que existem tipos diferentes dessa intolerância.
A Doença Celíaca é um tipo de alergia ao glúten, é mais grave e autoimune, onde o sistema imunológico ataca o próprio intestino quando entra em contato com o glúten.
Por outro lado, a sensibilidade ao glúten não celíaca, que é mais conhecida como intolerância ao glúten, é menos grave e não envolve o sistema imunológico diretamente, embora ainda cause bastante desconforto.
Quais os sintomas de intolerância a glúten?
Os sintomas de intolerância ao glúten variam de pessoa para pessoa, podendo ser gastrointestinais ou sistêmicos. Veja abaixo quais são os sintomas mais comuns:
- Dor abdominal;
- Diarreia;
- Inchaço;
- Gases;
- Fadiga;
- Dores de cabeça;
- Problemas de pele, como erupções cutâneas e eczema;
- Confusão mental;
- Dores nas articulações.
Como eu sei que sou intolerante ao glúten?
Você pode descobrir se é intolerante fazendo exames para diagnosticar intolerância ao glúten e testes. Veja abaixo os principais:
- Exames de sangue: para identificar anticorpos associados à doença celíaca, como anti-transglutaminase tecidual (anti-tTG) e anti-endomísio (EMA);
- Biópsia intestinal: exame realizado por endoscopia para confirmar a doença celíaca, analisando alterações na mucosa intestinal;
- Teste de eliminação alimentar: retirada temporária do glúten da dieta, observando a melhora dos sintomas para confirmar sensibilidade;
- Teste genético: analisa predisposição genética para intolerância ao glúten ou doença celíaca, como os testes oferecidos pela GnTech.
O que manifesta intolerância ao glúten?
Geralmente, a intolerância ao glúten acontece por uma combinação de fatores genéticos e ambientais:
- Algumas pessoas já nascem com uma predisposição genética, ou seja, é uma complicação que pode ser hereditária;
- Fatores como o consumo excessivo de alimentos com glúten ou episódios de estresse intenso também podem desencadear sintomas pela primeira vez;
- Além disso, a exposição ao glúten em momentos de fragilidade do sistema imunológico, pode desencadear a intolerância.
Qual remédio é bom para intolerância a glúten?
Não existem medicamentos específicos para a intolerância ao glúten. No entanto, a dieta sem glúten é o principal tratamento, e para isso, alimentos que contenham trigo, cevada e centeio precisam ser evitados.
Além disso, alguns suplementos ajudam na digestão de traços de glúten. Sendo assim, enzimas digestivas e probióticos auxiliam na quebra da proteína.
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Como desintoxicar o corpo do glúten?
Para desintoxicar o corpo do glúten, algumas medidas podem ser adotadas, visando reduzir a inflamação e promover a recuperação da saúde intestinal, como:
- Dieta equilibrada: priorize alimentos naturais como frutas, legumes, verduras, grãos integrais sem glúten e proteínas magras. Evite alimentos processados, ricos em açúcares, gorduras saturadas e aditivos químicos;
- Probióticos: o consumo de probióticos ajuda na restauração da microbiota intestinal, reduzindo a inflamação, e podem ser encontrados em alimentos fermentados, como iogurte natural e kefir, ou em suplementos;
- Hidratação: beba bastante água ao longo do dia para auxiliar na eliminação de toxinas e manter o bom funcionamento do organismo;
- Exercícios físicos: a prática regular de exercícios físicos contribui para a melhora do metabolismo e a eliminação de toxinas através do suor;
- Acompanhamento médico: é importante buscar orientação médica para um acompanhamento individualizado. O médico poderá indicar exames e suplementos para auxiliar na recuperação da saúde intestinal.
Lembre-se que a desintoxicação do corpo do glúten é um processo gradual e que exige disciplina e paciência.
Além disso, é importante ressaltar que não existem “dietas detox” milagrosas, e que a melhor forma de cuidar da saúde é através de uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis.
O teste genético pode ajudar!
Embora a intolerância ao glúten seja uma realidade para um número crescente de pessoas, existem diversas estratégias e recursos para lidar com ela, como os testes genéticos.
Os testes genéticos estão ganhando cada vez mais espaço na medicina, com eles, é possível fazer uma análise do DNA para identificar alterações genéticas que aumentam a chance de desenvolver doenças e condições, como a intolerância ao glúten.
Uma das principais vantagens do teste de intolerância ao glúten é que ele pode mostrar a predisposição à intolerância mesmo antes de os sintomas aparecerem.
Ou seja, é possível tomar medidas preventivas e evitar o desenvolvimento dessa condição. Além disso, os testes genéticos ajudam a diferenciar a intolerância da doença celíaca, que é uma condição mais grave.
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O que mais você precisa saber sobre intolerância ao glúten
Veja abaixo algumas das principais dúvidas sobre intolerância ao glúten
Preste atenção aos sintomas após o consumo de alimentos com glúten. Dores abdominais, diarreia, inchaço e fadiga podem indicar intolerância. Além disso, problemas de pele, dores de cabeça e confusão mental também são sinais de alerta.
O corpo reage à intolerância ao glúten com inflamação no intestino delgado. Além disso, a pessoa sente sintomas gastrointestinais e sistêmicos, porém, a gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa.
A contaminação cruzada por glúten causa sintomas semelhantes aos da intolerância, ou seja, dores abdominais, diarreia, inchaço, gases, fadiga, dores de cabeça e problemas de pele.
A pele de quem tem intolerância ao glúten pode apresentar erupções cutâneas, eczema e dermatite herpetiforme. Além disso, a pessoa sente coceira e vermelhidão.
A aveia não contém glúten naturalmente. No entanto, ela pode ser contaminada durante o processamento. Sendo assim, o ideal é verificar os rótulos dos produtos e procurar por marcas de aveia certificadas sem glúten.
A tapioca não contém glúten. Ou seja, ela é uma ótima opção para pessoas com intolerância.