Setembro Amarelo: entenda como surgiu o movimento de prevenção ao suicídio
- Por Larissa Speck
- Tempo: 7 minutos
O Setembro Amarelo é o mês dedicado à conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde mental e à prevenção do suicídio. A campanha mobiliza diferentes setores da sociedade, promovendo debates, ações e apoio para quem enfrenta depressão, ansiedade ou outros transtornos mentais.
O grande objetivo é abrir espaço para conversas honestas sobre sofrimento emocional, reduzir o estigma sobre condições mentais e incentivar a busca por ajuda.
Se você deseja compreender melhor como essa campanha surgiu, quais são seus objetivos e de que forma é possível contribuir para salvar vidas, continue a leitura e saiba tudo sobre o Setembro Amarelo.
Sumário
O que é o Setembro Amarelo?
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização voltada à prevenção do suicídio e ao cuidado com a saúde mental. Criada oficialmente no Brasil em 2015, a iniciativa acontece durante todo o mês de setembro e busca dar visibilidade a um tema que por muito tempo foi tratado como tabu.
A proposta é envolver escolas, empresas, instituições de saúde, espaços públicos e a sociedade como um todo em ações que fortaleçam o diálogo sobre transtornos como depressão e ansiedade, além de incentivar quem enfrenta sofrimento emocional a procurar ajuda profissional.
Entre os símbolos mais conhecidos da campanha estão:
- O laço amarelo, usado em roupas, objetos e materiais de divulgação;
- A iluminação de monumentos e prédios públicos com a cor amarela em algumas cidades;
- Palestras, rodas de conversa e eventos educativos em diferentes regiões do país.
Qual a história por trás da campanha do Setembro Amarelo?
A história do Setembro Amarelo começa nos Estados Unidos, em 1994, quando um jovem de 17 anos que enfrentava depressão cometeu suicídio. Ele restaurava um carro Mustang amarelo, que se tornou um símbolo de sua memória.
A partir desse episódio, amigos e familiares começaram a distribuir fitas amarelas como forma de conscientizar sobre a importância do diálogo em torno da saúde mental.
O movimento ganhou força internacional e, em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio em 10 de setembro.
No Brasil, a campanha começou em 2015, por iniciativa conjunta do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Hoje, monumentos como o Cristo Redentor, o Congresso Nacional e o Elevador Lacerda são iluminados em amarelo todos os anos, reforçando a importância do tema.
Setembro Amarelo: fatores que podem aumentar o risco de ideias suicidas
O risco de suicídio pode estar presente em diferentes faixas etárias e contextos, mas há situações que aumentam essa possibilidade, como transtornos psiquiátricos, abuso de substâncias nocivas, idade avançada e traumas. Reconhecer esses fatores é indispensável para oferecer apoio e buscar ajuda de forma rápida.
Entre os principais riscos estão:
- Transtornos psiquiátricos como depressão, transtorno bipolar, ansiedade e esquizofrenia;
- Uso abusivo de álcool e drogas, que potencializam comportamentos impulsivos;
- Idade acima de 65 anos, muitas vezes acompanhada por isolamento social e luto;
- Problemas financeiros ou crises profissionais que afetam a autoestima;
- Histórico de traumas como abusos, perdas afetivas ou separações;
- Isolamento social (presencial ou virtual), com falas sobre desesperança ou morte;
É importante lembrar que mais de 90% das tentativas de suicídio estão relacionadas a algum transtorno mental. Por isso, buscar diagnóstico precoce e acompanhamento especializado pode mudar o rumo da história.
Como ajudar uma pessoa em risco de suicídio
Quando alguém demonstra sinais de risco, a presença de familiares, amigos e pessoas próximas pode fazer toda a diferença. Algumas atitudes incluem:
- Estar disponível: mostrar que a pessoa não está sozinha, ouvir sem julgamentos e dar espaço para o desabafo;
- Incentivar ajuda profissional: orientar a busca por psiquiatras e psicólogos, além de oferecer apoio para acompanhá-la em consultas;
- Proteger em situações de risco: retirar objetos que possam ser usados em uma tentativa e não deixar a pessoa sozinha em momentos críticos;
- Indicar apoio imediato: o CVV oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188 ou pelo chat online.
Depressão e ansiedade: os maiores vilões da saúde mental
Entre os transtornos mentais, a depressão e a ansiedade estão entre os que mais impactam a qualidade de vida e aumentam a probabilidade de suicídio. Essas condições alteram a forma como a pessoa enxerga o futuro, gerando sentimentos de desesperança.
O tratamento pode envolver algumas estratégias, como:
- Psicoterapia, para trabalhar as causas emocionais e construir novos parâmetros de enfrentamento;
- Medicação controlada, quando necessária, para estabilizar sintomas e reduzir o sofrimento;
- Apoio familiar e social, para manter a motivação e engajamento no processo.
A GnTech, por meio de seus testes farmacogenéticos, apoia médicos e pacientes na escolha de tratamentos personalizados para condições como depressão, ansiedade e outros transtornos mentais, ajudando a encontrar alternativas mais seguras e que ofereçam melhor qualidade de vida.
O que eu posso fazer para ajudar no Setembro Amarelo?
Contribuir com o Setembro Amarelo não exige grandes ações, pequenos gestos já têm grande impacto. E para isso, você pode:
- Conversar e ouvir com atenção alguém que demonstre sofrimento;
- Compartilhar informações corretas sobre saúde mental em redes sociais;
- Participar de eventos da campanha, como palestras, caminhadas e rodas de conversa;
- Divulgar o CVV (188) e outros canais de apoio.
Esse engajamento fortalece a rede de prevenção e mostra que cuidar da saúde mental é uma responsabilidade coletiva.
O papel do Centro de Valorização da Vida (CVV) na prevenção ao suicídio
O CVV é uma das principais organizações de apoio emocional no Brasil. Ele oferece atendimento gratuito, anônimo e sigiloso 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Com voluntários treinados, o serviço proporciona escuta ativa e acolhimento para quem enfrenta situações de crise. O lema da instituição é simples e poderoso: “Se precisar, peça ajuda”.
O contato pode ser feito pelo número 188 ou pelo site oficial, via chat.
Setembro Amarelo como um convite ao cuidado coletivo
O Setembro Amarelo é um convite para que a sociedade valorize a vida, fale sobre saúde mental sem preconceitos e apoie quem está em sofrimento. E para isso, atitudes como ouvir, compartilhar informações seguras ou indicar ajuda especializada, podem transformar trajetórias e salvar vidas.
A GnTech também acredita nesse compromisso. Ao oferecer testes farmacogenéticos que ajudam médicos a indicar tratamentos mais adequados, ela contribui para que pessoas que sofrem com condições mentais, como depressão e ansiedade, encontrem caminhos seguros e personalizados para viver com qualidade.
Cuidar da sua saúde mental é um gesto de cuidado e de amor-próprio.
Se você deseja viver com mais equilíbrio, bem-estar e qualidade de vida, conheça as possibilidades que a medicina personalizada oferece e converse com seu médico sobre os testes da GnTech.
O que as pessoas também perguntam sobre Setembro Amarelo
Confira, a seguir, as respostas para as perguntas mais comuns sobre este assunto.
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre saúde mental e prevenção do suicídio, realizada durante todo o mês de setembro em nível nacional.
Durante o mês, é importante reforçar mensagens de apoio, incentivar a procura por ajuda profissional e lembrar que ninguém precisa enfrentar a dor sozinho.
É possível apoiar usando o laço amarelo, divulgando informações confiáveis, participando de ações educativas e oferecendo escuta às pessoas próximas.