Entenda se o TDAH é genético ou adquirido aqui!
- Júlia Silva
- Tempo: 6 minutos
Uma das dúvidas mais comuns sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é a seguinte: o TDAH é genético ou é possível desenvolvê-lo ao longo dos anos?
Para conseguir responder a essa pergunta, o primeiro passo é entender o básico sobre ela. Isso significa saber sobre o que pode, de fato, provocar essa condição e por que isso é importante para o tratamento dela.
Pensando nisso, explicaremos o padrão de herança do TDAH, quais outros fatores podem provocar o seu desenvolvimento e por que esse conhecimento é tão importante para o seu tratamento.
Vamos lá?
Sumário
Qual o padrão de herança do TDAH?
Atualmente, há fortes indícios e consenso entre a comunidade científica de que o TDAH é genético. Porém, seu padrão de herança ainda é bastante complexo e, por isso, precisa de mais investigações para ser decifrado.
Na prática, há sim maior probabilidade de desenvolvimento de TDAH em crianças com parentes próximos — como pais ou irmãos — com essa condição.
Entenda: o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade não é causado por uma variante exclusiva em si, mas sim um conjunto de mutações que, em cada caso, contribuem à sua maneira para o desenvolvimento desse transtorno.
TDAH é genético? Entenda como os genes influenciam
Pesquisas indicam que anomalias dos neurotransmissores (que mandam impulsos nervosos no cérebro), como serotonina e dopamina, podem ser os principais fatores genéticos que geram os sintomas do TDAH.
Mas, como o TDAH surge de uma combinação de mutações em vários genes e por ser um transtorno de alta complexidade genética, não se sabe com certeza quais são os que apresentam as alterações.
No entanto, aí vão alguns fatos importantes:
- Um estudo de 2011 estimou a taxa de herdabilidade do TDAH em 76%;
- 7 anos mais tarde, uma pesquisa mostrou que o uso frequente de aparelhos e plataformas digitais pode aumentar os riscos para esse transtorno em 10%.
Em resumo, a questão é: há de fato uma contribuição genética significativa para o TDAH. No entanto, isso não exclui a possível influência que certos fatores externos possam ter em seu desenvolvimento.
Por isso, falaremos um pouco mais sobre eles a seguir.
Fatores de risco ambientais para desenvolver TDAH
Como foi dito, apesar do senso comum de que o TDAH é genético, certos fatores ambientais costumam favorecer seu desenvolvimento. Entre eles, os mais conhecidos são:
- Exposição ao chumbo e deficiência de ferro: podem afetar o desenvolvimento neurológico da criança;
- Apneia do sono: tem sido associada ao Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade devido ao impacto negativo que causa ao funcionamento cerebral;
- Infecções cerebrais: podem causar inflamação e danos ao tecido cerebral;
- Traumatismos cranianos: costumam afetar as funções cognitivas e comportamentais;
- Prematuridade: bebês nascidos antes do tempo podem ter um desenvolvimento neurológico alterado;
- Ambiente social e emocional: experiências de violência, abuso, ou negligência podem aumentar o risco para o TDAH.
Lembre-se que, apesar de contribuírem para o desenvolvimento do TDAH, vale reforçar que cada caso é único. Por isso, caso haja suspeitas desse e/ou outros transtornos em sua família, procure pela avaliação de um especialista.
Leia mais: TDAH em adultos: como identificar e tratar
Descubra como os seus genes podem afetar os resultados do seu tratamento
Entender por que o TDAH é genético e, mais importante, saber como as variantes dos genes podem influenciar em seu desenvolvimento, é um passo importantíssimo para personalizar e potencializar o seu tratamento.
Isso acontece, principalmente, porque as mutações nos genes podem afetar até mesmo a resposta que uma pessoa tem a diferentes medicamentos e terapias. É por isso, inclusive, que o TDAH demanda abordagens tão particulares e personalizadas.
Para tal, a GnTech oferece um teste farmacogenético específico para TDAH que analisa como seus genes podem impactar a eficácia e os efeitos colaterais de diversos medicamentos comumente usados para esse transtorno.
Entenda como funciona um teste farmacogenético:
O objetivo, aqui, é ajudar os médicos e os pacientes a escolherem os tratamentos mais adequados para o caso, reduzindo significativamente a fase de tentativa e erro, e adaptação a diferentes alternativas. Para se ter uma ideia, pacientes que têm seu tratamento guiado pelo teste farmacogenético têm até 30% menos efeitos colaterais!
Saiba mais sobre como o teste Psicogene TDAH pode ajudar você ou seus familiares.
Perguntas frequentes
A seguir, confira as respostas para as dúvidas mais comuns que recebemos sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
O TDAH é causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, incluindo variações genéticas específicas e exposição a certos fatores durante a infância.
A predisposição genética para o TDAH está presente desde o nascimento, mas os sintomas podem se manifestar em diferentes momentos da infância, ou ainda ser agravados a depender de uma série de fatores externos.
O TDAH segue um padrão de herança complexo, com uma forte influência genética estimada entre 70% e 80%.
Conclusão
Como pudemos notar ao longo desse bate-papo, o TDAH é genético, de fato. No entanto, ele carrega raízes complexas e, ainda, pode ser influenciado por determinados fatores externos como, por exemplo, infecções, crescimento em ambiente hostil e certos traumas ocorridos ao longo da vida.
Independentemente do motivo exato para o seu desenvolvimento, o mais importante aqui é entender que esses fatores existem e, por isso, não podem ser negligenciados.
Esse conhecimento, acredite, é importantíssimo para um diagnóstico preciso e um tratamento de qualidade.
Sendo assim, se você, seus filhos ou demais parentes apresentam sinais de TDAH, procure por um especialista e, claro, conte com os testes da GnTech para personalizar seu tratamento e melhorar seus resultados.
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