Depressão infantil: saiba tudo sobre a condição que afeta as crianças
- Guido Boabaid
- 10/12/2024
- Tempo: 10 minutos
A depressão infantil é um problema de saúde mental que pode afetar crianças, atingindo suas emoções, comportamento e até o desempenho no dia a dia.
Muitas vezes, os sinais podem passar despercebidos ou serem confundidos com fases do crescimento. Por isso, é importante que pais e responsáveis saibam reconhecer que a condição vai além de uma tristeza passageira.
O diagnóstico precoce e tratamentos personalizados, como os que utilizam testes farmacogenéticos, podem fazer toda a diferença na recuperação da criança.
Quer saber mais sobre o que é, como identificar depressão em crianças, as causas e como prevenir? Continue lendo.
Sumário
O que é a depressão infantil?
A depressão infantil (DI) é um transtorno do humor caracterizado pela tristeza e incapacidade de sentir prazer. Ela pode estar associada a outros transtornos ou a fatores, como a relação da criança com as pessoas ao seu redor.
Muitas vezes a criança acaba por carregar as frustrações dos pais, que idealizavam como ela deveria agir, se vestir, pensar e até mesmo do que gostar.
E assim, ao tentar agradar, acaba se entristecendo por não se reconhecer e não valorizar o que a torna única.
Quais são os sintomas da depressão infantil?
Os pais precisam estar atentos aos sinais que a criança demonstra, como:
- Alterações de humor: a criança pode ficar irritada, triste com frequência ou ter crises de choro sem motivo claro;
- Fadiga: parece estar sempre cansada, mesmo quando não fez muito esforço, e perde interesse em atividades que gostava;
- Dificuldade de concentração: tem problemas para prestar atenção na escola, em jogos ou nas tarefas do dia a dia;
- Isolamento social: prefere ficar sozinha e evita brincar ou conversar com outras pessoas;
- Mudanças no apetite e sono: pode comer ou dormir muito mais ou muito menos do que o habitual;
- Baixa autoestima: faz comentários negativos sobre si mesma, como “não sou boa” ou “ninguém gosta de mim”;
- Ansiedade de separação: demonstra medo exagerado de ficar longe dos pais ou responsáveis;
- Agressividade: pode reagir de forma explosiva ou ser mais agressiva do que o normal em certas situações.
Esses sintomas podem variar de criança para criança, mas qualquer mudança persistente deve ser avaliada por profissionais de saúde mental. Observar e agir cedo pode fazer toda a diferença no bem-estar do seu filho.
O que causa depressão na infância?
As causas que levam à depressão infantil podem ser desde fatores genéticos, quando os pais apresentam o quadro, até situações que a criança vivencia durante o seu desenvolvimento, como traumas e bullying. Veja os principais:
- Fatores genéticos: se a família, principalmente os pais, têm histórico de depressão, a criança pode ter maior chance de desenvolver o problema. A genética influencia bastante nesse caso;
- Ambiente familiar e social: o ambiente em que ela vive faz toda a diferença. Conflitos familiares, divórcios, mudanças frequentes e falta de apoio emocional podem influenciar a saúde mental;
- Traumas e experiências negativas: situações difíceis, como abusos, perdas importantes (como a morte de alguém próximo) ou exposição à violência, aumentam o risco de depressão;
- Bullying e relações sociais: sofrer preconceitos, seja na escola ou em outros lugares, pode levar a sentimentos de isolamento e baixa autoestima, que podem levar a problemas como depressão, ansiedade infantil e fobia social;
- Desenvolvimento do cérebro: alterações no cérebro, como desequilíbrios químicos ou problemas neurológicos, geram situações em que o cérebro da criança não está funcionando como deveria para controlar emoções e o humor.
Nesses casos, o tratamento de depressão em crianças pode incluir testes farmacogenéticos que ajudam a identificar como a genética da criança pode influenciar a resposta a medicamentos, permitindo tratamentos com melhores resultados.
A relação entre a escola, bullying e depressão infantil
A exposição ao bullying, maus-tratos e situações de violência na comunidade são alguns fatores de risco para a depressão infantil e entre adolescentes.
A escola é um espaço de aprendizado coletivo e de acolhimento. Por essa razão, tem um papel importante para ajudar crianças e adolescentes a desenvolver habilidades emocionais.
Trata-se de um ambiente com grande potencial para identificar problemas entre os jovens e criar espaços de convívio.
Uma das formas em que a escola pode atuar na prevenção da depressão é falar mais abertamente sobre problemas de saúde mental.
Também é importante desenvolver habilidades de mediação de conflitos para manejar o estresse e fortalecer laços entre os estudantes.
Além disso, é preciso que a instituição trabalhe para combater fatores de risco para a depressão. Por exemplo, enfrentando o bullying físico e virtual e identificando sinais de instauração de um quadro da doença.
Vale ressaltar que não cabe à escola fazer o diagnóstico dos sintomas de depressão infantil, mas que o professor pode observar um aluno em dificuldade e indicar para a avaliação de um especialista.
Como diagnosticar depressão infantil?
O diagnóstico da depressão infantil é feito por profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras, que avaliam os sinais apresentados pela criança.
Esse processo é muito importante, principalmente entre os 8 e 9 anos, quando ela está desenvolvendo sua personalidade e aprendendo a se relacionar com o mundo ao seu redor.
A convivência da criança com outras pessoas, como colegas de escola e professores, é um momento fundamental para perceber sintomas, como isolamento, falta de interesse ou mudanças de comportamento.
Porém, é comum que a depressão infantil seja confundida com outros problemas, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), já que alguns sintomas podem parecer semelhantes.
Um ponto que merece atenção é a relação da depressão com outras condições de saúde. Em muitos casos, ela pode surgir como consequência de outro problema psicológico ou físico e até mesmo se apresentar a partir de um quadro semelhante ao transtorno depressivo na fase adulta.
Além disso, fatores emocionais, como a perda de um ente querido, separação dos pais ou bullying, podem estar ligados ao quadro.
O diagnóstico precoce faz toda a diferença. Ele permite iniciar um tratamento mais rápido e personalizado, em especial quando há histórico familiar de depressão.
Por isso, testes farmacogenéticos para saúde mental podem ajudar a encurtar o caminho da identificação dos melhores medicamentos para a criança.
Quer entender mais sobre o tema e como identificar os sinais? Assista ao vídeo abaixo:
Como ajudar o filho com depressão?
Ajudar um filho com depressão exige paciência, atenção e ações práticas que ofereçam suporte emocional.
Confira algumas dicas para facilitar ao máximo esse momento tão delicado:
- Garanta que a criança se sinta protegida e amada em casa:
Um lar estável, sem conflitos ou estresse excessivo, pode ajudar muito. Evite críticas ou cobranças exageradas, oferecendo apoio e compreensão;
- Dê espaço para a criança falar sobre seus sentimentos sem medo de julgamento:
Faça perguntas de forma delicada e demonstre interesse verdadeiro no que ela está vivendo. Escutar é tão importante quanto falar;
- Procure um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, para avaliar e tratar a questão:
O diagnóstico e o acompanhamento especializados são muito importantes para planejar ações adequadas;
- Incentive atividades que ela goste e que promovam bem-estar, como artes, esportes leves ou brincadeiras:
A ideia é ajudá-la a reconectar-se com momentos de prazer e socialização, respeitando seu ritmo;
- Considere usar testes farmacogenéticos para personalizar o tratamento medicamentoso, caso necessário:
Eles analisam como o organismo da criança reage a diferentes fórmulas, evitando aquele período de tentativas e erros, com os efeitos colaterais;
- Participe de consultas, terapias e, se for o caso, acompanhe o uso de medicamentos:
Mostre à criança que ela não está sozinha nesse processo e que você está ao lado dela para ajudá-la;
- Busque conhecimento sobre depressão infantil para entender melhor o que está acontecendo e como lidar com os desafios:
Quanto mais informado você estiver, mais preparado estará para oferecer o suporte necessário;
- Cuide da sua saúde emocional, afinal, os pais também precisam estar bem emocionalmente para ajudar seus filhos:
Caso sinta necessidade, busque apoio psicológico para lidar com as dificuldades de acompanhar o tratamento.
Lembre-se, depressão não é “frescura” ou “birra”, e o apoio da família faz toda a diferença para a recuperação da criança.
Como tratar depressão infantil?
O tratamento da depressão infantil envolve diferentes formas de cuidado, como a terapia comportamental, medicamentos e o acompanhamento de especialistas. A terapia ajuda a criança a entender suas emoções e desenvolver formas mais saudáveis de lidar com as dificuldades do dia a dia.
Em casos mais graves, o uso de remédios pode ser necessário. Esses medicamentos são indicados por um psiquiatra e precisam de acompanhamento regular para garantir que estejam funcionando bem e sem causar problemas.
Aqui, os testes farmacogenéticos são uma ferramenta que ajuda a escolher o remédio e a dose mais adequada para cada criança, tornando o tratamento mais eficiente e seguro. Combinando essas estratégias, é possível oferecer o suporte que a criança precisa para se sentir melhor.
Conclusão
Como você viu, reconhecer e tratar a depressão infantil desde cedo é muito importante para que a criança tenha um desenvolvimento saudável e consiga superar esse momento difícil.
Pais, responsáveis e profissionais de saúde têm um papel insubstituível nesse processo, oferecendo apoio, buscando ajuda especializada e criando um ambiente acolhedor e seguro.
Além disso, os testes farmacogenéticos da GnTech podem ajudar a encontrar o tratamento mais adequado, quando o uso de medicamentos se faz necessário, tornando o processo mais tranquilo para todos.
Cuidar da saúde mental das crianças é garantir um futuro mais leve e feliz para elas.
Perguntas frequentes
Confira as principais dúvidas sobre depressão infantil:
Para identificar comportamentos de uma criança depressiva, observe sinais como tristeza constante, irritabilidade, perda de interesse, mudanças no apetite ou sono, e dificuldade em interagir socialmente.
Ela pode se isolar, ter baixa autoestima, parecer desmotivada, apresentar comportamentos agressivos ou dificuldades escolares.
Crie um ambiente acolhedor, incentive o diálogo, busque apoio psicológico e, se necessário, considere tratamentos personalizados como testes farmacogenéticos.
Sim, embora menos comum, crianças podem ter depressão, e é importante reconhecer que isso não é “frescura,” mas uma condição de saúde que precisa de atenção.
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