Diabetes gestacional: principais cuidados para evitar

A diabetes gestacional (ou diabetes mellitus gestacional – DMG) é uma condição em que determinados hormônios produzidos pela placenta, como estrogênio, cortisol e lactogênio, impedem a ação correta da insulina no organismo. 

Como consequência, a glicose acaba se acumulando no sangue ao invés de ser absorvida pelas células, provocando um quadro de resistência insulínica.

Embora seja temporária, essa condição precisa ser diagnosticada o quanto antes. Afinal, é preciso garantir que a gravidez ocorra de forma saudável e segura. 

E, para isso, nada melhor do que saber tudo sobre esse assunto. Veja aqui todos os principais pontos sobre diabetes gestacional e quais são os principais cuidados para evitá-la

Boa leitura!

O que é diabetes gestacional?

A diabetes gestacional, como o próprio nome sugere, é um tipo de diabetes que se desenvolve durante a gravidez, geralmente entre o segundo e o terceiro trimestre, e é uma condição em que alguns hormônios não deixam a insulina trabalhar corretamente no corpo. 

Funciona assim: durante a digestão, nosso organismo inicia vários processos para adquirir todos os nutrientes providos pelos alimentos. Um deles é a transformação dos carboidratos em glicose.

Em sequência, o pâncreas produz insulina, um hormônio que permite que a glicose passe da corrente sanguínea para as células do corpo, fornecendo energia. 

A grande questão, aqui, é que durante a gestação, o organismo precisa de ainda mais insulina para que esse processo aconteça. E caso o pâncreas não consiga suprir essa demanda, os níveis de glicose no sangue ficarão muito altos

Esse quadro, então, recebe o nome de diabetes gestacional. No Brasil, a prevalência dessa condição varia entre 5,4% e 18%, dependendo dos critérios diagnósticos e das populações estudadas.

Por fim, é importante entender que, apesar de relativamente comum, o diagnóstico de DMG faz com que a gravidez seja de risco, pois pode trazer complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. 

Por isso, é indispensável que as gestantes mantenham o acompanhamento com o obstetra em dia e, claro, façam os exames necessários para monitorar os níveis de glicose.

grávida com diabetes gestacional

Quais são os riscos da diabetes gestacional?

Os principais riscos da diabetes gestacional incluem hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia no caso da mãe, e macrossomia (peso elevado ao nascer) ou hipoglicemia neonatal no bebê.

A seguir, confira mais detalhes sobre estes e outros riscos da DMG para a mãe e o  bebê.  

O que acontece se a gestante tem diabetes gestacional?

Quando não controlada, a diabetes gestacional pode trazer várias complicações para a saúde da mãe. Entre elas, as principais são:

  • Pré-eclâmpsia: acontece quando a pressão arterial está elevada e há presença de proteínas na urina. Pode levar a complicações graves como danos a órgãos vitais, principalmente rins e fígado, e ainda representar um risco significativo para a saúde do bebê, exigindo um parto prematuro;
  • Maior risco de cesariana: devido ao aumento do tamanho do bebê (macrossomia), as gestantes têm maior probabilidade de precisar de uma cesariana, o que pode aumentar o tempo de recuperação e possíveis complicações pós-operatórias;
  • Desenvolvimento de diabetes tipo 2 no futuro: exige monitoramento contínuo dos níveis de glicose após o parto para a detecção precoce dessa doença;
  • Infecções urinárias e vaginais: a diabetes gestacional pode aumentar o risco para essas condições devido à presença de altos níveis de açúcar na urina, que podem tornar o ambiente propício ao cultivo de bactérias.

O que a diabetes gestacional pode causar no bebê?

Os principais riscos da diabetes gestacional associados aos bebês incluem: 

  • Macrossomia: acontece quando o bebê cresce muito mais do que o esperado, pesando mais de 4 kg ao nascer, dificultando o parto natural e, eventualmente, demandando cesariana; 
  • Distocia de ombro: é também uma complicação do parto vaginal em caso de macrossomia. Aqui, o ombro do bebê, que está acima do peso, fica preso durante a fase expulsiva;
  • Hipoglicemia neonatal: após o nascimento, o bebê pode ter baixos níveis de glicose no sangue, pois o seu pâncreas pode continuar produzindo insulina em excesso como resposta a hiperglicemia durante a gestação;
  • Problemas respiratórios: bebês de mães com diabetes gestacional têm maior risco de desenvolver síndrome do desconforto respiratório, uma condição que dificulta a respiração, especialmente em casos de parto prematuro.

Quais os primeiros sinais de diabetes gestacional?

Os primeiros sinais de diabetes gestacional podem ser sutis e, por isso, passam despercebidos. No entanto, existem algumas mudanças no corpo e na saúde da mãe que são comuns a essa condição. São elas:

  • Sede excessiva;
  • Vontade frequente de urinar (associada ao excesso de açúcar no sangue que o corpo está tentando eliminar);
  • Fadiga extrema;
  • Visão turva;
  • Infecções frequentes, especialmente na bexiga, na pelve e na região vaginal. 

É importante sempre manter um acompanhamento com seu médico obstetra durante a gestação, pois somente esse profissional pode diagnosticar e prescrever o tratamento necessário nesse caso.

É possível reverter o quadro de diabetes gestacional?

Embora não seja possível “reverter” completamente a DMG, é possível controlar seu desenvolvimento e minimizar seus riscos por meio de uma série de medidas. A seguir, confira as estratégias mais indicadas para controlar a diabetes gestacional:

  • Dieta balanceada: adotar uma dieta rica em fibras, com baixo teor de carboidratos refinados e açúcares pode ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue. Alimentos como vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis são os mais indicados. Além disso, é importante evitar doces, refrigerantes e carboidratos de rápida absorção;
  • Atividade física regular: também ajuda a manter os níveis de glicose sob controle; 
  • Monitoramento da glicose: medir regularmente os níveis de glicose no sangue é interessante porque ajuda a pessoa a ajustar sua dieta rapidamente e conforme o necessário. 
  • Medicação: em alguns casos, o médico pode prescrever insulina ou outros medicamentos para manter os níveis de glicose dentro da faixa ideal.

O que fazer para evitar a diabetes gestacional?

Prevenir a diabetes gestacional é possível, especialmente quando se adota um estilo de vida saudável antes e durante a gravidez. Aqui estão algumas dicas:

  • Manter um peso saudável antes da gravidez;
  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Adotar uma dieta equilibrada;
  • Monitorar o ganho de peso durante a gravidez;
  • Evitar o sedentarismo;
  • Manter o acompanhamento com o obstetra em dia, realizando todos os exames e consultas pré-natais.

Conclusão

Em resumo, a diabetes gestacional é uma condição que exige muita atenção e cuidados específicos para garantir a saúde da mãe e do bebê. A boa notícia, no entanto, é que com um monitoramento adequado e certas mudanças no estilo de vida, é possível controlar esse quadro e evitar complicações. 

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Perguntas frequentes

A seguir, confira as respostas para as dúvidas mais comuns sobre diabetes gestacional.

Quanto tempo dura a diabetes gestacional?

A diabetes gestacional geralmente dura até o final da gravidez. 

Quando a diabetes gestacional é preocupante?

A diabetes gestacional é preocupante quando não é adequadamente controlada, pois pode levar a complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê.

Quem tem diabetes gestacional tem que adiantar o parto?

Nem todas as gestantes com diabetes gestacional precisam adiantar o parto. A decisão depende de vários fatores, como o controle da glicose, o crescimento do bebê e a saúde geral da mãe. 

Quem tem diabetes gestacional, o bebê nasce com diabetes?

Não. No entanto, o bebê pode ter um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida. 

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