GnTech na Carta Capital: o custo invisível do presenteísmo nas empresas brasileiras
- Por Guido Boabaid
- Tempo: 8 minutos
A produtividade nas empresas não depende apenas da presença física dos colaboradores. Em muitos casos, o que compromete os resultados está justamente no que passa despercebido: o presenteísmo.
Foi sobre esse tema que a Carta Capital publicou uma matéria especial com a participação do Dr. Guido Boabaid, psiquiatra e CEO da GnTech.
Enquanto o absenteísmo costuma ser monitorado por atestados e registros de ponto, o presenteísmo é mais sutil e mais persistente.
Na entrevista, o Dr. Guido chama atenção para um problema que ainda é normalizado em muitas empresas: a valorização da presença, mesmo quando ela está acompanhada de sofrimento psíquico e queda de rendimento.
É nesse cenário que a GnTech propõe uma mudança de paradigma, aliando ciência, diagnóstico precoce e medicina personalizada para cuidar da saúde mental com mais eficiência e menos improviso.
Ficou interessado em saber como? Continue conosco para entender tudo!
Sumário
O que é presenteísmo?
O presenteísmo acontece quando o colaborador está fisicamente presente no trabalho, mas com a capacidade de entrega comprometida, seja por motivos físicos, emocionais ou cognitivos. Na prática, isso reflete queda de rendimento, retrabalho, falta de atenção, decisões equivocadas e perda de produtividade.
Embora silencioso, ele causa impactos concretos. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-SP), as empresas brasileiras podem perder mais de R$ 200 bilhões por ano com esse fenômeno. Nos Estados Unidos, estudos do Journal of the American Medical Association apontaram perdas de até US$ 150 bilhões anuais.
O presenteísmo avança sem alarde, e frequentemente é invisível aos olhos da liderança.
“O presenteísmo é um fenômeno menos visível, mas muito mais persistente do que o absenteísmo. E o mais grave: é normalizado dentro das empresas”, afirma o Dr. Guido Boabaid.
Quando ignorado, esse quadro se agrava silenciosamente, impactando tanto a saúde do colaborador quanto o desempenho da empresa.
Por isso, reconhecer o presenteísmo é um primeiro passo para promover uma cultura de bem-estar no ambiente de trabalho.
O que é absenteísmo e presenteísmo?
O absenteísmo é mais conhecido: ele se refere às ausências registradas no trabalho, geralmente justificadas por atestados médicos, faltas ou licenças. Já o presenteísmo é mais difícil de identificar, porque o colaborador está ali, mas sem condições reais de produzir.
Ainda assim, segue tentando cumprir suas funções, mesmo com performance comprometida.
“A empresa percebe quando o funcionário falta. Mas raramente nota quando ele está presente, mas improdutivo”, destaca o Dr. Guido Boabaid. “A depressão, por exemplo, muitas vezes é diagnosticada após um longo período de sofrimento silencioso e perda de rendimento.”
Enquanto o absenteísmo gera indicadores visíveis nos relatórios de RH, o presenteísmo se esconde nos bastidores, nos erros repetidos, na queda de qualidade das entregas e no desânimo crescente das equipes.
E é justamente por isso que ele representa um risco maior: não é monitorado, mas custa caro.
Causas comuns do presenteísmo e relação com a saúde mental
Entre os principais fatores que levam ao presenteísmo estão transtornos mentais, dores crônicas e uso inadequado de medicações. Situações como ansiedade, depressão, insônia e burnout são comuns, mas frequentemente ignoradas ou subestimadas no ambiente corporativo.
Em 2024 no Brasil, foram quase meio milhão de afastamentos do trabalho por questões de saúde mental, 68% a mais que em 2023. Antes disso acontecer, porém, muitos profissionais passam longos períodos comparecendo ao trabalho sem condições reais de manter a produtividade (o que caracteriza o presenteísmo).
“A lógica da tentativa e erro nos tratamentos psiquiátricos colabora para esse cenário. Muitas vezes, o paciente demora meses, ou anos, até encontrar a medicação correta. Enquanto isso, vai trabalhar como pode.” explica o Dr. Guido Boabaid.
Esse ciclo de tentativa e erro não impacta apenas o paciente. Ele afeta toda a equipe, gera custos invisíveis e alimenta um ambiente de exaustão coletiva.
Por isso, atuar sobre a causa, e não apenas sobre os sintomas, é indispensável para reverter esse quadro.
A responsabilidade das empresas diante do presenteísmo
Diante da crescente incidência de presenteísmo nas organizações, torna-se urgente repensar o papel das empresas na promoção de um ambiente saudável e produtivo.
A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) pelo Ministério do Trabalho reforça essa responsabilidade: agora, as empresas precisam mapear riscos psicossociais, como estresse, esgotamento e sofrimento mental.
Isso significa que a saúde mental deixou de ser um tema apenas de campanhas pontuais e passou a ser parte da gestão legal, estratégica e humana do negócio.
“O maior erro é achar que basta fazer uma palestra por ano. É preciso construir uma cultura que valorize o bem-estar como parte da estratégia de negócios.” afirma o Dr. Guido Boabaid.
A norma exige mais do que ações simbólicas. É necessário:
- Monitorar variações de desempenho;
- Investir em programas de acompanhamento psicológico;
- Oferecer flexibilidade e acolhimento;
- Treinar lideranças para identificar sinais de exaustão emocional.
Ao fazer isso, as empresas cumprem com as legislações atuais, mas também reduzem riscos, fortalecem sua cultura interna e preservam o capital humano.
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A medicina personalizada como parte da solução para o presenteísmo silencioso
Grande parte dos quadros de presenteísmo está ligada a tratamentos ineficazes ou tardios, principalmente nos casos de transtornos mentais.
Muitos profissionais seguem comparecendo ao trabalho mesmo diante de medicações mal ajustadas, efeitos colaterais indesejados ou ausência de melhora, o que compromete a performance e aprofunda o sofrimento.
É aqui que a medicina personalizada se apresenta como um caminho promissor. Por meio de ferramentas como os testes farmacogenéticos, é possível compreender como o organismo de cada pessoa reage a diferentes medicamentos.
Isso permite que o tratamento seja mais rápido e com menor risco de efeitos colaterais intensos.
“A personalização do cuidado, aliada ao diagnóstico precoce, reduz o sofrimento e melhora a performance”, afirma o Dr. Guido Boabaid.
Ao incorporar soluções como essas em seus programas de saúde corporativa, as empresas não apenas promovem bem-estar. Elas atuam na raiz do presenteísmo, evitando longos períodos de improdutividade silenciosa e dando suporte concreto aos colaboradores que mais precisam.
A GnTech já auxilia diversas empresas nessa frente, oferecendo tecnologia, suporte clínico e conhecimento científico para transformar a saúde mental no ambiente de trabalho.
Como a GnTech pode ajudar sua empresa a combater o presenteísmo
Reconhecer o presenteísmo é apenas o primeiro passo. Para enfrentá-lo, as empresas precisam investir em estratégias que vão além das ações pontuais e que considerem a individualidade de cada colaborador.
A GnTech atua com soluções de medicina personalizada, como os testes farmacogenéticos, que ajudam a reduzir o tempo de resposta ao tratamento, minimizar efeitos colaterais e aumentar a adesão medicamentosa.
Isso significa menos sofrimento silencioso, mais produtividade e um cuidado verdadeiramente centrado nas pessoas.
Se a sua empresa busca fortalecer sua cultura de bem-estar, prevenir afastamentos e impulsionar a performance com base em ciência, conte com a gente.
Perguntas frequentes sobre presenteísmo
Confira outras dúvidas sobre o tema:
Queda de desempenho, erros frequentes, desmotivação, cansaço excessivo e falta de foco são sinais comuns. O acompanhamento próximo da equipe pode ajudar a detectar padrões.
Entre as principais causas estão transtornos mentais, dores crônicas e estresse, todos fatores também relacionados ao presenteísmo.
Com monitoramento de desempenho, programas de saúde mental, flexibilidade, capacitação das lideranças e estratégias de cuidado personalizadas, como os testes da GnTech.