Narcolepsia: entenda causas, sintomas e como é o tratamento
- Por Guido Boabaid
- Tempo: 7 minutos
A narcolepsia é um distúrbio do sono que causa muita sonolência durante o dia e episódios súbitos de fraqueza muscular, conhecidos como cataplexia.
Embora menos conhecida que outras condições, a narcolepsia pode impactar a saúde mental e a qualidade de vida de quem convive com ela.
Por isso, o diagnóstico de narcolepsia correto é importante e tratamentos personalizados, são ótimas opções para melhorar o bem-estar do paciente.
Quer entender mais sobre o que é narcolepsia, os principais sintomas e como tratar? Continue a leitura!
Sumário
O que é narcolepsia?
A narcolepsia é um distúrbio neurológico que afeta o controle do sono e da vigilância. Pessoas com essa condição podem ter dificuldade de ficar acordadas durante o dia, mesmo após uma noite completa de sono.
Isso ocorre devido a alterações na regulação do sono REM, que é uma fase do sono onde ocorrem os sonhos e a paralisia muscular natural.
Na narcolepsia, o sono REM pode surgir em momentos inadequados, como logo após adormecer ou mesmo enquanto a pessoa está acordada e consciente.
Essa desregularização interfere nos padrões normais de sono, causando impacto na rotina e na qualidade de vida.
Quais os sintomas da narcolepsia?
Entre os principais sintomas da narcolepsia, estão:
- Cataplexia: fraqueza muscular que acontece repentinamente por emoções intensas, como risos ou sustos. Esses episódios podem ser confusos e impactar a vida social e profissional;
- Insônia crônica: quando a pessoa tem dificuldade de dormir a noite por mais de 3 meses;
- Sono excessivo: a pessoa sente sono em qualquer momento do dia, mesmo tendo dormido pela noite;
- Paralisia do sono: ocorre quando o cérebro “acorda” enquanto o corpo ainda está em estado de paralisia, uma característica natural do sono REM que impede movimentos involuntários enquanto sonhamos;
- Alucinações: ocorrem devido à entrada prematura no sono REM, quando o cérebro começa a sonhar antes que uma pessoa fique completamente adormecida ou depois de já ter despertado.
Embora a paralisia do sono e as alucinações não sejam perigosas fisicamente, elas podem afetar a saúde mental, especialmente quando combinadas com outros sintomas de narcolepsia.
Esses sintomas podem assustar, principalmente as alucinações, que podem ser facilmente confundidas com experiências sobrenaturais, o que pode causar medo ou ansiedade.
Além disso, a pessoa que sofre com narcolepsia pode pegar no sono a qualquer momento do dia: dirigindo, nos transportes públicos, na escola ou trabalho e até mesmo pode dormir em pé.
Por isso, o correto é buscar acompanhamento médico para entender essa condição e começar o tratamento.
O que leva uma pessoa a ter narcolepsia?
Estudos indicam uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como ausência de hipocretina, reações autoimunes do organismos e mais.
Uma das principais causas genéticas está relacionada à ausência ou redução de hipocretina, um neurotransmissor que regula a vigilância e o sono.
Além disso, de acordo com o Manual MSD, a causa também pode estar relacionada a reações autoimunes no organismo, que é quando o sistema imunológico ataca as próprias células do corpo.
Embora a genética seja um fator relevante, fatores externos também podem influenciar, como episódios de estresse extremo ou doenças virais.
Quem tem TDAH tem narcolepsia?
Mesmo que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a narcolepsia sejam condições específicas, algumas semelhanças nos sintomas podem levar à confusão.
Por exemplo, pessoas com TDAH também podem apresentar cansaço, dificuldade de concentração e lapsos de atenção. No entanto, é importante diferenciar as duas condições para oferecer o tratamento adequado.
Enquanto a narcolepsia afeta diretamente o ciclo do sono, o TDAH está mais relacionado a questões comportamentais e neurológicas.
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Qual exame detecta a narcolepsia?
O diagnóstico da narcolepsia requer alguns testes, e os dois mais comuns são a polissonografia e o teste de latências múltiplas do sono (TLMS):
- Polissonografia: realizada durante uma noite inteira, este exame monitora as atividades cognitivas, respiratórias e cardíacas enquanto o paciente dorme;
- Teste de Latências Múltiplas do Sono (TLMS): feito durante o dia, os especialistas monitoram quanto tempo demora para uma pessoa cair no sono e se ela entra na fase REM, que é o estágio em que os sonhos acontecem.
Ambos os exames fornecem dados que ajudam no diagnóstico correto e na definição do tratamento.
Qual o médico que cuida da narcolepsia?
O médico mais indicado para tratar a narcolepsia é o neurologista, e de preferência, aqueles especializados em distúrbios do sono.
Sendo assim, o ideal é manter consultas regulares com esses especialistas, pois permitem ajustes no tratamento e avaliação contínua dos sintomas.
Como a narcolepsia pode impactar a saúde mental, em alguns casos, a colaboração com psiquiatras ou psicólogos também é recomendada.
Como tratar a narcolepsia?
O tratamento para narcolepsia combina o uso de medicamentos com mudanças no estilo de vida e terapias comportamentais.
Os medicamentos para narcolepsia são os estimulantes que ajudam a reduzir o sono excessivo, antidepressivos para controlar a cataplexia e outros sintomas, e moduladores do sono, que auxiliam no ajuste dos ciclos de sono e vigília.
Além disso, mudanças no estilo de vida, como manter horários regulares para dormir, praticar exercícios físicos e evitar alimentos estimulantes a noite também fazem parte do tratamento.
Outra ferramenta inovadora no tratamento é o uso de testes farmacogenéticos, que ajudam a personalizar a medicação de acordo com as características genéticas do paciente, aumentando a eficiência e reduzindo os efeitos colaterais.
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A narcolepsia é uma condição que pode afetar a saúde mental, mas, com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Os testes farmacogenéticos da GnTech são uma solução moderna que permite personalizar o tratamento, ajustando a medicação de forma mais individual.
Busque orientação médica sempre que necessário e lembre-se de que o cuidado personalizado é um grande aliado na busca pela qualidade de vida.
Tire todas as suas dúvidas sobre narcolepsia
Veja abaixo algumas respostas para as principais dúvidas sobre narcolepsia.
Sim, pessoas com narcolepsia podem trabalhar, especialmente quando a condição é bem controlada com tratamento. Algumas adaptações no ambiente de trabalho, como pausas programadas para cochilos, podem ser úteis para aumentar o desempenho e o bem-estar.
O tratamento para narcolepsia é feito com medicamentos, ajustes na rotina de sono e terapias comportamentais. Testes farmacogenéticos também podem ajudar a encontrar a melhor combinação de medicamentos para cada paciente.
O neurologista, principalmente os especialistas em distúrbios do sono, é o profissional indicado para diagnosticar e tratar a narcolepsia.