Antidepressivos: para que servem, principais indicações, contraindicações e quais os tipos
- Por Guido Boabaid
- Tempo: 7 minutos
A saúde mental tem se tornado um tema cada vez mais relevante, e o uso de antidepressivos é um dos tratamentos mais comuns para transtornos como a depressão e a ansiedade.
No entanto, o efeito desses medicamentos pode variar de pessoa para pessoa, e é importante contar com o acompanhamento médico para garantir a melhor escolha do tratamento.
O que poucos sabem é que, além de uma boa orientação médica, a medicina personalizada também pode contribuir para esse processo.
Se você deseja entender melhor como os antidepressivos funcionam, seus tipos e como a farmacogenética pode ajudar a otimizar o seu tratamento, e trazer melhores respostas, continue a leitura.
Sumário
O que um antidepressivo faz?
Os antidepressivos têm como principal função a regulação de neurotransmissores no cérebro, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. Esses neurotransmissores estão ligados ao controle do humor, e sua desregulação é muitas vezes associada a quadros de depressão e ansiedade.
Ao ajudar a restaurar o equilíbrio desses químicos cerebrais, os antidepressivos têm o potencial de aliviar sintomas como tristeza profunda, falta de interesse nas atividades diárias, irritabilidade e ansiedade excessiva.
No entanto, o efeito terapêutico desses medicamentos não é imediato. Embora o profissional possa perceber os primeiros sinais de melhora em algumas semanas, o efeito completo leva mais tempo para se manifestar, e o acompanhamento médico contínuo é indispensável.
Para que o tratamento traga bons resultados, é necessário ajustar as doses e o tipo de medicamento conforme a resposta de cada paciente.

Quais são os medicamentos antidepressivos?
Os antidepressivos são divididos em Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS), Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN), Inibidores da monoamina oxidase (IMAO) e antidepressivos tricíclicos ou atípico. Cada um deles possui um mecanismo de ação diferente.
Entre os mais comuns, podemos citar:
- ISRS: esses medicamentos aumentam a disponibilidade de serotonina no cérebro. Exemplos incluem fluoxetina, sertralina e escitalopram;
- IRSN: aumentam a concentração de serotonina e noradrenalina, para melhorar o humor e reduzir os sintomas de ansiedade. Um exemplo comum é a venlafaxina;
- Antidepressivos tricíclicos: são medicamentos mais antigos que, além de afetar a serotonina e noradrenalina, também influenciam outros neurotransmissores. A amitriptilina é um exemplo dessa classe;
- Antidepressivos atípicos: com mecanismo de ação menos convencional, esses medicamentos são usados em casos específicos, como o bupropiona;
- Inibidores da monoamina oxidase (IMAO): atuam na enzima que degrada os neurotransmissores, são usados em casos mais graves de depressão.
Vale lembrar que um médico deve fazer a escolha do medicamento mais adequado, pois cada classe de antidepressivo tem efeitos distintos, e o médico pode indicá-la mais dependendo do perfil do paciente.
Quais são as principais indicações de antidepressivo?
O uso de antidepressivos não se restringe apenas ao tratamento da depressão. Esses medicamentos também são indicados para uma série de outros transtornos psiquiátricos, tais como:
- Ansiedade generalizada e transtornos de pânico;
- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC);
- Síndrome do pânico;
- Dor crônica, principalmente quando associada a transtornos psiquiátricos.
Quais são as contraindicações de antidepressivos?
Embora os antidepressivos possam ser muito úteis para tratar diversos transtornos mentais, o paciente deve fazer o seu uso com cautela em algumas situações como gravidez, histórico de reações, algumas doenças e interações entre medicamentos.
O médico deve avaliar os riscos e benefícios antes de prescrever o medicamento. Veja em detalhes quais são os principais casos:
- Gravidez e amamentação, onde certos antidepressivos podem ter efeitos negativos para o bebê;
- Doenças hepáticas graves, já que a metabolização do medicamento pode ser afetada;
- Interações medicamentosas: o uso de outros medicamentos, como anticoagulantes ou certos analgésicos, pode interferir na ação do antidepressivo;
- Histórico de reações adversas a medicamentos que podem trazer prejuízos à saúde do paciente.
Nunca se deve usar antidepressivos sem acompanhamento médico, pois apenas o especialista pode avaliar a adequação do tratamento e garantir a sua segurança.
Como a pessoa fica quando toma antidepressivo?
Nos primeiros dias ou semanas de uso de antidepressivos, o paciente pode sentir uma melhora gradual do humor e um aumento na disposição. No entanto, também podem ocorrer efeitos colaterais temporários, como náusea, sonolência e tontura.
Esses efeitos tendem a diminuir conforme o corpo se adapta ao medicamento.
É importante lembrar que o tempo de resposta varia de pessoa para pessoa, e o acompanhamento médico é muito importante para ajustar o tratamento de acordo com a evolução dos sintomas e possíveis efeitos adversos.
A paciência e a comunicação com o médico são essenciais durante esse processo.
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Como a GnTech contribui no tratamento com antidepressivos
A GnTech oferece um avanço no tratamento de depressão e outros transtornos psiquiátricos por meio da farmacogenética. Com o teste PsicoGene Pro, é possível auxiliar médicos a identificar como o corpo de cada paciente metaboliza medicamentos, incluindo antidepressivos.
O laboratório faz isso através da análise de variantes genéticas que podem afetar a eficácia e a tolerabilidade do tratamento.
Os principais benefícios dessa abordagem são:
- Previsão de eficácia: a escolha do antidepressivo mais adequado com base na genética do paciente aumentam as chances de sucesso no tratamento;
- Menos efeitos colaterais: identificação de quais medicamentos o paciente provavelmente tolerará melhor, que reduz efeitos adversos;
- Menos tentativas e erros: evitar a necessidade de várias trocas de medicamentos até encontrar o mais adequado.
Esse tipo de personalização do tratamento faz a diferença no controle de transtornos psiquiátricos, e melhoram a qualidade de vida e a adesão ao tratamento.
Antidepressivos: por que a personalização faz diferença
Embora os antidepressivos sejam efetivos no tratamento de transtornos mentais, a forma como cada pessoa reage a eles pode variar bastante.
Por isso, a individualização do tratamento, como a oferecida pela GnTech, é tão importante. Com ela, é possível aumentar a eficácia das condutas terapêuticas e reduzir os riscos de efeitos adversos.
Com o apoio da farmacogenética e da medicina personalizada, o tratamento pode ser ajustado à realidade de cada paciente, para proporcionar mais segurança e adequação às suas necessidades.
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Perguntas frequentes sobre antidepressivos
Se você está em busca de mais informações sobre como esses medicamentos funcionam, suas indicações e efeitos, as perguntas a seguir podem ajudar a esclarecer pontos importantes. Confira!
Os antidepressivos mais usados são os ISRS, como fluoxetina, sertralina e escitalopram, e os IRSN, como a venlafaxina.
Nenhum antidepressivo “tira a tristeza” de imediato, mas pode ajudar a melhorar o humor ao regular os neurotransmissores como serotonina e dopamina, proporcionando alívio gradativo dos sintomas de depressão.
No cérebro de uma pessoa com depressão, há uma desregulação dos neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina, que estão ligados ao controle do humor e das emoções.



