Doenças cardiovasculares: como a genética pode transformar o tratamento
- Por Guido Boabaid
- 13/05/2025
- Tempo: 9 minutos
As doenças cardiovasculares são um dos grandes desafios da saúde atual. Elas afetam o coração e os vasos sanguíneos e exigem, cada vez mais, um cuidado individualizado.
Mas por que um mesmo medicamento pode funcionar bem para uma pessoa e não ter o mesmo efeito para outra? A resposta está, em parte, nos nossos genes. A genética pode influenciar diretamente a forma como o corpo responde a medicamentos para o coração.
Neste conteúdo, você vai entender como a genética interfere no tratamento das doenças cardiovasculares e conhecer o papel do teste farmacogenético da GnTech, na busca por menos riscos no cuidado com a saúde cardíaca.
Vamos lá?
Sumário
O que são doenças cardiovasculares?
As doenças cardiovasculares são condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Elas podem comprometer o fluxo sanguíneo, a oxigenação dos tecidos e o funcionamento do sistema circulatório como um todo.
Esse grupo inclui desde problemas mais conhecidos, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), até quadros como arritmias, insuficiência cardíaca, trombose, sopros e hipertensão arterial.
Segundo a Rádio USP, com base em dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares estão entre os principais motivos de atendimentos e internações no Brasil. Isso só reforça a relevância do tema e a necessidade de estratégias de tratamento cada vez mais assertivas.
Quanto mais precoce for o diagnóstico e mais personalizada a abordagem terapêutica, melhores tendem a ser os resultados para a saúde e a qualidade de vida.
Quais são as doenças cardiovasculares mais comuns?
Algumas doenças cardiovasculares são mais recorrentes e demandam atenção especial no acompanhamento médico. Veja as quatro mais comuns:
- Infarto agudo do miocárdio (IAM): ocorre quando uma artéria do coração é obstruída, impedindo a chegada de sangue e oxigênio ao músculo cardíaco. É uma das principais causas de urgência médica no Brasil;
- Acidente vascular cerebral (AVC): também conhecido como derrame, acontece quando o fluxo sanguíneo é interrompido em uma área do cérebro. Pode ser isquêmico (por entupimento) ou hemorrágico (por rompimento de vaso);
- Insuficiência cardíaca: é a dificuldade do coração em bombear sangue adequadamente. Pode causar fadiga, inchaço e falta de ar, afetando diretamente a qualidade de vida;
- Hipertensão arterial: a pressão alta, quando não controlada, sobrecarrega o coração e os vasos, aumentando o risco de outras complicações como infarto e AVC.
Essas doenças têm causas multifatoriais, como genética, alimentação, sedentarismo e estresse. E, em muitos casos, a escolha correta dos medicamentos é o que garante maior controle e segurança no tratamento.
Como prevenir doenças cardiovasculares?
Prevenir doenças cardiovasculares exige atenção a fatores de risco e escolhas conscientes no dia a dia. Veja o que você pode fazer para manter o coração saudável:
- Adotar uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais, fibras e gorduras boas;
- Praticar atividade física regularmente, mesmo que sejam caminhadas diárias;
- Controlar o estresse com pausas, técnicas de respiração ou meditação;
- Evitar o consumo excessivo de álcool e parar de fumar, se for o caso;
- Monitorar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue com exames de rotina;
- Dormir bem e manter uma rotina de sono consistente;
- Conhecer seu histórico familiar e conversar com seu médico sobre a possibilidade de fazer um teste genético.
O histórico familiar é um sinal de alerta importante. Se você tem parentes de primeiro grau com hipertensão, infarto ou AVC, o risco pode ser maior. Nesse caso, o uso de ferramentas como o teste farmacogenético CardioGene, pode auxiliar tanto na prevenção quanto na definição de tratamentos mais eficazes e seguros.
Como a genética interfere no tratamento de doenças cardiovasculares?
Quem convive com uma doença cardiovascular sabe que encontrar o tratamento certo pode ser um processo de tentativa e erro. Um medicamento funciona bem para uma pessoa, mas não apresenta o mesmo efeito em outra. Isso acontece porque cada organismo reage de forma específica, e a genética tem um papel importante nessa diferença.
Nos bastidores do nosso corpo, existem variações genéticas que influenciam diretamente a forma como absorvemos, metabolizamos e respondemos a diferentes substâncias. Essa área da ciência se chama farmacogenética. Ela estuda como os genes impactam a ação e a eficácia dos medicamentos.
Em outras palavras: dois pacientes com a mesma prescrição podem ter reações completamente diferentes, e isso não tem a ver com força de vontade, mas com o DNA de cada um.
Quando falamos de doenças cardiovasculares, essa variação genética pode interferir na resposta a fármacos como: anticoagulantes, antiplaquetários, estatinas, betabloqueadores e diuréticos.
Ao identificar essas particularidades genéticas, o médico pode fazer escolhas mais seguras, desde o início do tratamento, com menor risco de efeitos adversos e maior chance de sucesso terapêutico.
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Como os genes afetam a resposta à varfarina, clopidogrel e estatinas?
Diversos medicamentos usados para tratar doenças cardiovasculares têm sua segurança influenciadas por variações genéticas. Abaixo, você confere como isso acontece com três dos fármacos mais prescritos:
Varfarina
A varfarina é um anticoagulante indicado para casos de trombose venosa profunda, fibrilação atrial e próteses valvulares cardíacas.
As variações genéticas podem afetar tanto a forma como o corpo metaboliza esse medicamento quanto sua resposta biológica, exigindo cuidados redobrados na definição da dose ideal. Pequenas variações podem aumentar o risco de sangramentos ou reduzir a eficácia do tratamento.
Clopidogrel
Este antiplaquetário é utilizado para prevenir a formação de coágulos que podem causar infartos e AVC.
Alguns pacientes têm mutações em genes responsáveis pela ativação do clopidogrel no fígado o que compromete sua ativação e pode deixar o paciente vulnerável a eventos cardiovasculares, mesmo com a medicação em uso.
Estatinas (como a sinvastatina)
As estatinas são prescritas para controlar o colesterol e prevenir doenças ateroscleróticas. Estudos associam pelo menos 13 genes à forma como essas substâncias são metabolizadas.
Algumas pessoas têm maior tendência a apresentar efeitos colaterais, como dores musculares intensas, enquanto outras não obtêm os resultados esperados mesmo com doses ajustadas.
Como funciona o Teste Farmacogenético CardioGene?
O CardioGene é um exame que analisa o seu DNA para identificar como seu corpo tende a reagir aos medicamentos utilizados no tratamento de doenças cardiovasculares.
Ele funciona por meio de uma tecnologia chamada sequenciamento genético, que examina 28 genes relacionados à metabolização e resposta a 38 fármacos, incluindo anticoagulantes, betabloqueadores, antiarrítmicos, diuréticos, estatinas e outros medicamentos amplamente prescritos na cardiologia.
A coleta é simples, indolor e feita com um swab bucal, ou seja, não exige sangue nem jejum. Após a análise em laboratório, o laudo traz informações que ajudam o médico a escolher os medicamentos e doses mais adequadas para o seu perfil genético, evitando efeitos adversos e aumentando as chances de sucesso no tratamento.
O teste é recomendado para pessoas com histórico de:
- Hipertensão;
- Infarto ou risco de infarto;
- Arritmia cardíaca;
- Trombose;
- AVC;
- Aterosclerose;
- Uso contínuo de medicamentos cardiovasculares com efeitos adversos
Se você usa anticoagulantes como a varfarina e já teve dificuldade com ajustes de dose ou efeitos colaterais, o CardioGene pode ajudar a entender por que isso acontece e qual caminho seguir com mais segurança.
Quer saber mais? Conheça o teste farmacogenético CardioGene.
Personalizar o tratamento é cuidar melhor do coração
As doenças cardiovasculares fazem parte da realidade de milhões de pessoas, mas isso não significa que o tratamento precise seguir sempre o mesmo caminho. A ciência já permite abordagens mais seguras, personalizadas e que respeitam as particularidades de cada organismo.
Ao considerar a genética como parte do cuidado, é possível reduzir riscos, evitar efeitos colaterais e acelerar o processo de encontrar o medicamento certo, na dose ideal. O teste farmacogenético CardioGene, desenvolvido pela GnTech, é uma ferramenta que torna isso possível na prática clínica.
Se você faz uso de medicamentos cardiovasculares ou tem histórico familiar de problemas no coração, vale a pena conhecer essa alternativa personalizada.
Solicite seu teste agora mesmo com um de nossos especialistas!
O que as pessoas também perguntam sobre doenças cardiovasculares
Confira as principais dúvidas respondidas sobre o tema:
São condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos, podendo comprometer o fluxo de sangue no corpo e a função cardíaca.
Os principais tipos incluem: infarto, AVC, insuficiência cardíaca, arritmias, hipertensão arterial e doenças das artérias coronárias.
É o termo usado para descrever qualquer problema que envolva o sistema circulatório, especialmente o coração e os vasos sanguíneos.