Conheça os psicoestimulantes e como funcionam
- Guido Boabaid
- Tempo: 6 minutos
Atualmente, fala-se muito sobre medicamentos que diminuem a ansiedade e/ou melhoram o sono. Porém, existe outra classe de fármacos que visa o oposto, ou seja, aumentar nosso estado de alerta e concentração. Eles recebem o nome de psicoestimulantes e são o tema central do artigo de hoje.
Os estimulantes, como o próprio nome sugere, são uma classe de drogas psicoativas que aumentam a atividade cerebral. Alguns deles são até mesmo populares e presentes em nosso cotidiano, como a cafeína e a nicotina.
Na psiquiatria, no entanto, opções mais controladas são utilizadas para tratar transtornos como TDAH e narcolepsia. São exemplos a anfetamina e o metilfenidato. Afinal, elas promovem mais atenção, energia e disposição.
Ficou interessado? Para saber todos os detalhes sobre esses medicamentos, continue conosco.
Sumário
O que significa psicoestimulante?
Psicoestimulantes são substâncias que impulsionam o sistema nervoso central (SNC), aumentando os estados de vigilância, atenção e energia.
A título de curiosidade, o SNC é a parte do sistema nervoso responsável constituída pelo encéfalo e pela medula espinhal. Seu papel é receber e interpretar mensagens que vêm de outras partes do corpo.
Além disso, os psicoestimulantes aumentam a atividade dos neurotransmissores no cérebro, estimulando a produção de mais dopamina (hormônio da felicidade) e a noradrenalina (estado de alerta).
Para se ter ideia, no Brasil, aproximadamente 4% da população já usou esse medicamento. Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) apontou que 2,5 milhões de brasileiros utilizam medicamentos como Ritalina (metilfenidato) e Venvanse (anfetamina).
Dessa forma, a grande preocupação é que o uso de ambos, em muitos casos, ocorre sem prescrição médica. E, tratando-se especialmente de estados de alerta e disposição, o uso indiscriminado de psicoestimulantes pode trazer consequências não desejadas.
Por isso, o tratamento precisa de acompanhamento médico regular. Do contrário, a pessoa pode ter a saúde física e mental prejudicada.
Quais são os psicoestimulantes?
Os principais exemplos de psicoestimulantes incluem metilfenidato, lisdexanfetamina, bupropiona e clonidina. A seguir, confira mais detalhes:
- Metilfenidato: popularmente conhecido como Ritalina, é muito utilizado para tratar o TDAH. Melhora os estados de atenção e concentração, e reduz comportamentos impulsivos e hiperativos. Pode ser usado por crianças e adultos;
- Lisdexanfetamina: comercializada como Venvanse, é outra medicação recomendada para tratar o TDAH e, ainda, certos quadros de compulsão alimentar;
- Bupropiona: apresentada ao mercado como Wellbutrin ou Zyban, é usada principalmente como antidepressivo e suporte na interrupção do tabagismo e outros vícios. Também tem efeitos estimulantes;
- Clonidina: embora seja utilizada para combater a hipertensão, ela também é receitada para tratar o TDAH, especialmente no que diz respeito à administração da impulsividade e da hiperatividade.
No mais, os medicamentos listados acima podem ser utilizados para tratar diversas condições. No entanto, cada um deles tem um funcionamento distinto e, ainda, efeitos colaterais variados.
Por isso, o uso deve ser feito por meio do acompanhamento de especialistas qualificados e de confiança. Do contrário, podem causar dependência.
Como os psicoestimulantes agem?
Os psicoestimulantes aumentam a atividade de certos neurotransmissores no cérebro, principalmente a dopamina e a noradrenalina (responsáveis por regular a atenção, a motivação e a energia).
O efeito desse processo, por sua vez, é a melhora na comunicação entre os neurônios, fazendo com que o paciente tenha mais concentração e foco, e menos fadiga e confusão mental.
O metilfenidato e a lisdexanfetamina, por exemplo, inibem a recaptação de dopamina e noradrenalina. Em outras palavras, eles aumentam a atividade de ambas no cérebro por mais tempo, melhorando a comunicação entre as células cerebrais.
Além disso, esses medicamentos podem elevar a liberação de dopamina nas regiões associadas à motivação e à recompensa, o que explica sua eficácia em amenizar os sintomas do TDAH.
Por fim, os efeitos dos psicoestimulantes podem variar conforme a dosagem, a forma de administração e as necessidades do paciente.
Enquanto muitas pessoas experimentam melhorias na atenção e na produtividade, é importante lembrar que eles também podem causar efeitos colaterais como insônia, aumento da pressão arterial, ansiedade e, em alguns casos, dependência.
Quando os psicoestimulantes são utilizados?
A utilização dos psicoestimulantes é, principalmente, para tratar diferentes condições médicas. Uma das principais indicações é para o TDAH. Contudo, ele também é prescrito para:
- Narcolepsia: é um distúrbio que causa sonolência excessiva e episódios repentinos de sono. Aqui, eles ajudam a manter o paciente acordado e em alerta;
- Depressão: em alguns casos, quando os antidepressivos usuais não são eficazes o suficiente, é possível adicionar os estimulantes ao tratamento para aumentar a energia e melhorar o humor;
- Transtorno da compulsão alimentar periódica: o uso principal é para controlar episódios compulsivos, reduzir a frequência e a gravidade deles. Um exemplo é a lisdexanfetamina.
Para saber mais sobre como os psicoestimulantes podem ser utilizados de forma personalizada, considere os testes farmacogenéticos da GnTech. Eles ajudam a determinar quais medicamentos são mais adequados para cada pessoa com base em seu perfil genético.
E se você tem dúvidas sobre como ele funciona, veja o que o médico psiquiatra, CEO e fundador da GnTech, Dr Guido Boabaid, tem a dizer:
Perguntas frequentes
Confira o que muitas pessoas estão perguntando sobre os psicoestimulantes
Os psicoestimulantes mais comuns incluem Metilfenidato (Ritalina), Lisdexanfetamina (Venvanse), Bupropiona (Wellbutrin) e Clonidina.
Psicoestimulantes são substâncias que aumentam a atividade do sistema nervoso central, melhorando a atenção, a concentração e a energia.
Os estimulantes mais comuns para o tratamento do TDAH são Metilfenidato (Ritalina) e Lisdexanfetamina (Venvanse).
Conclusão
Em resumo, os psicoestimulantes, como pudemos notar, podem tratar condições como TDAH, narcolepsia e depressão resistente ao tratamento. Afinal, eles ajudam a melhorar a atenção, a concentração e a energia.
Por isso, é indispensável que os profissionais de saúde monitorem o uso desses medicamentos. Principalmente, para garantir a segurança do tratamento e evitar uma potencial dependência química.
Portanto, se você ou alguém que conhece está considerando o uso de psicoestimulantes, consulte um especialista para obter orientações personalizadas e seguras.
Para saber mais sobre como eles podem se adequar ao seu caso, entre em contato conosco!
Não deixe de conferir também os próximos conteúdos: