Guia completo sobre sertralina: uso, efeitos e acompanhamento médico
- Por Guido Boabaid
- 30/10/2025
- Tempo: 8 minutos
Em meio às opções de tratamento para depressão e ansiedade, um dos medicamentos mais conhecidos e prescritos no mundo é a sertralina, um antidepressivo que tem ajudado milhares de pessoas a recuperar o equilíbrio emocional e o bem-estar no dia a dia.
Seu uso, porém, deve sempre ser orientado por um médico, já que cada organismo reage de maneira diferente aos medicamentos que atuam no sistema nervoso central.
A sertralina é indicada em diversos contextos clínicos e está entre os fármacos mais estudados dentro da psiquiatria. Quer entender como ela atua e quais cuidados considerar antes de iniciar o tratamento? Continue a leitura e descubra tudo.
Sumário
O que é sertralina?
A sertralina é um tipo de medicamento antidepressivo pertencente ao grupo dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS).
É um termo grande e um pouco assustador, mas basicamente significa que a Sertralina ajuda a equilibrar a quantidade de um certo tipo de químico no cérebro, chamado serotonina. Esse equilíbrio é importante para manter nosso humor estável.
Essa regulação é importante em pessoas com transtornos depressivos ou ansiosos, pois nesses casos costuma haver desequilíbrio na comunicação cerebral.
É um medicamento amplamente estudado, de uso controlado e prescrito em tratamentos de curto, médio e longo prazo, conforme a orientação médica. Entenda mais:
Para o que é usada a sertralina?
A sertralina é utilizada no tratamento de diferentes condições relacionadas ao humor e à saúde mental. Sua principal indicação é para o tratamento da depressão, mas também é recomendada para transtornos de ansiedade e outras condições clínicas relacionadas a alterações emocionais ou comportamentais.
Entre os diagnósticos em que o médico pode indicar o uso da sertralina estão:
- Depressão, com episódios depressivos maiores ou recorrentes;
- Transtorno de ansiedade generalizada (TAG);
- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC);
- Transtorno do pânico;
- Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Em alguns casos, também pode ser prescrita em quadros de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), para reduzir oscilações de humor intensas.
A decisão sobre o uso da sertralina depende sempre de uma avaliação médica detalhada, considerando histórico clínico, outras medicações em uso e características individuais do paciente.
Como a sertralina funciona no cérebro?
O cérebro é formado por uma rede complexa de neurotransmissores, substâncias químicas que transmitem informações entre os neurônios. Um dos principais é a serotonina, que influencia o humor, o sono e o apetite.
Em pessoas com depressão ou ansiedade, pode haver baixa disponibilidade de serotonina. Dessa forma, a sertralina atua impedindo que essa substância seja rapidamente reabsorvida pelos neurônios, o que aumenta sua permanência nas sinapses, ou seja, as conexões entre as células cerebrais.
Essa ação favorece uma comunicação mais estável entre os neurônios e tende a reduzir sintomas como:
- Tristeza persistente;
- Irritabilidade;
- Inquietação.
Vale ressaltar que o efeito do medicamento não é imediato. Geralmente, os primeiros resultados aparecem após duas a quatro semanas de uso contínuo, conforme orientação médica.

Qual é o efeito colateral de sertralina?
Como qualquer medicamento, a sertralina pode causar efeitos colaterais como náuseas, alterações no sono, libido e apetite, agitação e tontura em algumas pessoas, principalmente nas primeiras semanas de uso.
No entanto, nem todos os pacientes apresentam reações adversas, e elas costumam diminuir à medida que o organismo se adapta ao tratamento.
Os efeitos mais relatados incluem:
- Náusea e desconforto gastrointestinal: sintomas como enjoo, dor abdominal leve ou diarreia podem surgir no início;
- Alterações no sono: algumas pessoas sentem insônia, enquanto outras relatam sonolência;
- Mudanças no apetite: pode haver aumento ou redução do apetite, levando à variação de peso;
- Agitação ou nervosismo leve: sensações de inquietação podem ocorrer nos primeiros dias;
- Alterações na libido: diminuição do desejo sexual ou dificuldade de alcançar orgasmo podem acontecer;
- Tontura e vertigem: mais comum em quem se levanta rapidamente;
- Boca seca e suor excessivo: efeitos geralmente transitórios.
O acompanhamento médico é indispensável para ajustar a dose ou substituir o medicamento, caso necessário. Interromper o uso por conta própria pode causar desconfortos como irritabilidade, tontura e sensação de mal-estar.
Quem toma sertralina fica mais calma?
Em parte dos casos, pode acontecer sim. Ao equilibrar a serotonina, a sertralina pode reduzir a tensão, o nervosismo e a sensação de ansiedade. Contudo, essa resposta depende de fatores individuais e pode levar algumas semanas para que o paciente a perceba de forma estável.
Quem pode tomar sertralina e como usar com segurança?
Use a sertralina apenas sob prescrição médica. O tratamento começa com doses baixas, que o médico pode ajustar conforme a resposta do paciente e a tolerância do organismo. Tome o medicamento por via oral, geralmente uma vez ao dia, com ou sem alimentos.
É importante seguir as orientações sobre o horário e não interromper o tratamento sem orientação profissional. A retirada deve ser gradual, para evitar sintomas de abstinência.
Veja alguns pontos que merecem atenção:
- Informar ao médico todos os medicamentos em uso, incluindo fitoterápicos;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento;
- Monitorar o sono e o apetite, relatando alterações persistentes;
- Ter paciência com o tempo de resposta do medicamento.
A resposta à sertralina pode variar bastante entre as pessoas, já que fatores genéticos influenciam na forma como cada organismo metaboliza o medicamento. É nesse ponto que os testes de farmacogenética da GnTech podem ajudar.
Esses exames analisam variações genéticas que interferem na ação de antidepressivos, ajudando médicos a escolher a dose ou o fármaco mais adequado desde o início do tratamento, com mais segurança e previsibilidade.
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Teste farmacogenético e o uso da sertralina
Os testes farmacogenéticos avaliam o DNA do paciente para identificar variações genéticas que influenciam a forma como o organismo reage a diferentes medicamentos, incluindo os antidepressivos.
No caso da sertralina, certas variações em genes ligados às enzimas do fígado podem alterar a velocidade com que o corpo processa o remédio. Algumas pessoas metabolizam o fármaco muito rapidamente, o que pode reduzir sua eficácia, enquanto outras metabolizam mais devagar, o que pode aumentar a chance de efeitos adversos.
O teste farmacogenético é uma forma individualizada de entender a resposta medicamentosa de cada paciente, orientando o médico na escolha do antidepressivo e da dose mais adequada.
A GnTech realiza esse tipo de análise com foco na medicina personalizada, auxiliando profissionais de saúde a otimizar o tratamento de pacientes com depressão, ansiedade e outros transtornos, sempre buscando segurança e precisão clínica.
A sertralina e o papel da GnTech na personalização do tratamento
A sertralina é uma das medicações mais estudadas e seguras para o tratamento de depressão e transtornos de ansiedade. Mesmo assim, cada paciente tem uma resposta diferente, influenciada por fatores genéticos, estilo de vida e histórico clínico.
Os testes farmacogenéticos da GnTech ajudam a compreender essas diferenças e a definir estratégias de tratamento mais assertivas. Com base nas informações genéticas, o médico pode ajustar doses, evitar medicamentos com maior risco de efeitos indesejados e escolher alternativas mais compatíveis com o perfil do paciente.
Esse tipo de cuidado reduz o tempo de tentativas até encontrar o tratamento adequado e favorece uma jornada mais tranquila em busca do equilíbrio emocional.
Quer cuidar da sua saúde mental com mais confiança e qualidade de vida? Conheça como os testes farmacogenéticos podem orientar seu tratamento com segurança.
Perguntas frequentes sobre sertralina
A seguir, veja respostas para as dúvidas mais comuns sobre o uso da sertralina.
Nos primeiros dias, o organismo está se adaptando. É comum sentir leves alterações no sono, no apetite ou na disposição. Esses efeitos costumam ser temporários.
Ela ajuda a reduzir sintomas de depressão e ansiedade, melhora o humor, a concentração e a disposição geral, favorecendo o equilíbrio emocional.
Porque não causa dependência química. A sertralina é um antidepressivo de tarja vermelha, cujo uso é controlado e deve ter prescrição médica.



