“Ainda Estou Aqui” e a Saúde Mental: qual a relação?
- Por Júlia Silva
- 19/02/2025
- Tempo: 8 minutos
A saúde mental é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões, e o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” é um exemplo bem atual que trouxe diversas reflexões sobre o assunto.
Essa produção explorou temas como ansiedade, depressão, luto, trauma e superação, nos convidando a refletir sobre os transtornos emocionais que muitas pessoas enfrentam.
Aliado a isso, hoje em dia já existem tratamentos personalizados para lidar com transtornos de saúde mental que podem melhorar muito a qualidade de vida de quem os enfrenta.
Veja aqui como o filme “Ainda estou aqui” retrata diversos transtornos e como eles impactam a saúde.
Vamos lá?
Sumário
Qual a história do filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”?
O filme “Ainda Estou Aqui” é um drama que mistura ficção e acontecimentos históricos, levando o público para um dos períodos da história do Brasil: a ditadura militar. A trama gira em torno de Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, um político que desapareceu após ser preso pelo regime militar.
A ausência de Rubens traz um impacto devastador na vida de Eunice e de sua família, marcando a trajetória emocional da protagonista.
Ao longo da história, acompanhamos Eunice enfrentando o luto e as consequências do trauma de perder o marido de forma repentina e violenta.
Apesar da dor, Eunice tem uma história de superação. Entre momentos de fragilidade e força, ela reflete a complexidade da saúde mental em meio a situações extremas.
Essa história, tão intimamente ligada à ditadura militar e ao desaparecimento de Rubens Paiva, é também um retrato de como o trauma pode influenciar a vida pessoal e a saúde mental de qualquer pessoa.
O que “Ainda Estou Aqui” retrata sobre saúde mental?
O filme não apenas apresenta a história de Eunice, mas também coloca em pauta questões sobre saúde mental. Ansiedade, depressão e o impacto emocional de situações traumáticas são temas recorrentes ao longo da trama.
O sofrimento de Eunice nos leva a pensar sobre como situações extremas podem desencadear questões emocionais, como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), por exemplo.
Do mesmo modo, o filme nos lembra que, embora o luto seja uma experiência que acontece com todo mundo em algum momento da vida, ele pode levar a consequências, como depressão e isolamento, se não for tratado de forma humanizada.
De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), o número de pessoas com transtornos de ansiedade e depressão tende a aumentar ano após ano.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que, em 2019, cerca de um bilhão de pessoas no mundo (sendo 14% adolescentes), convivem com algum transtorno relacionado à saúde mental.
Transtornos de ansiedade, síndrome do pânico e trauma
Em “Ainda Estou Aqui”, o impacto do trauma vivido por Eunice pode estar associado a diferentes transtornos de ansiedade, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), a síndrome do pânico e o TEPT.
O filme retrata momentos de angústia, dificuldade em lidar com situações cotidianas e uma sensação constante de insegurança.
Na vida real, esses transtornos podem causar sintomas como:
- Taquicardia;
- Sudorese;
- Pensamentos obsessivos;
- Tremores ou sensação de inquietação física;
- Falta de ar ou dificuldade para respirar;
- Insônia ou sono de baixa qualidade;
- Crises de pânico.
Além disso, pessoas que enfrentam traumas de forte impacto emocional, muitas vezes desenvolvem TEPT, e tem como sintomas flashbacks, insônia e hipervigilância.
Para tratar essas complicações, a terapia e o uso de medicações podem ser indicados pelo profissional de saúde. Além disso, outras abordagens personalizadas estão ganhando espaço.
A farmacogenética, por exemplo, permite identificar quais medicamentos funcionam melhor para cada pessoa, considerando seu DNA. Isso torna o tratamento mais assertivo e reduz os efeitos colaterais.
Depressão e luto
O luto é um dos temas centrais de “Ainda Estou Aqui”, e o filme mostra como ele pode se transformar em depressão em diversas situações com os seguintes sintomas:
- Dor da perda, especialmente em situações tão violentas;
- Sentimentos de tristeza profunda;
- Negação ou dificuldade em aceitar a perda;
- Desesperança;
- Isolamento;
- Sensação de vazio;
- Perda de interesse pela vida ou perda de propósito.
No caso de Eunice, vemos como o luto impacta sua capacidade de seguir em frente. Embora a superação seja um tema importante no filme, a jornada da protagonista ficou marcada por altos e baixos emocionais.
Isso nos lembra que o luto não tem um “tempo certo” para acabar e que cada pessoa lida com ele da sua própria maneira.
Para quem enfrenta depressão, tratamentos como psicoterapia associada a medicamentos normalmente são os mais indicados pelos profissionais. Assim como nos transtornos de ansiedade, a farmacogenética tem se mostrado uma ferramenta muito útil, ajudando a personalizar os tratamentos e aumentar sua eficácia.
Como a saúde mental pode ser tratada com inovação?
Nos últimos anos, a tecnologia revolucionou o tratamento da saúde mental. Uma dessas inovações é o uso de testes farmacogenéticos, como os oferecidos pela GnTech.
Esses testes analisam o DNA da pessoa para identificar quais medicamentos têm maior probabilidade de funcionar melhor e quais podem causar menos efeitos colaterais indesejados.
Como os testes farmacogenéticos auxiliam no tratamento?
Com os testes farmacogenéticos, é possível ajustar medicamentos e dosagens de forma mais precisa, evitando o processo de “tentativa e erro” que muitas vezes ocorre nos tratamentos tradicionais.
Esses testes não apenas aumentam a eficácia dos tratamentos, mas também reduzem os efeitos colaterais, melhorando a qualidade de vida de quem busca ajuda para problemas emocionais.
No Brasil, a GnTech tem sido uma referência inédita nessa área, ajudando a transformar a forma como a saúde mental é tratada. Segundo o CEO da GnTech, Dr Guido Boabaid:
“Os tratamentos feitos a partir da análise gene-fármaco representam 40% menos visitas à emergência dos hospitais, 58% menos hospitalizações e redução de 67% no número de consultas médicas. Também, diminui em 4,5 vezes o absenteísmo anual dos colaboradores em tratamento.”
Veja, na prática, como foi a experiência do médico psiquiatra Dr Ataíde com os testes farmacogenéticos da GnTech:
“Ainda Estou Aqui” evidencia a importância da saúde mental
O filme “Ainda Estou Aqui” é um lembrete de como a saúde mental é um tema que faz parte da vida de todos. Ao retratar os desafios de Eunice, ele nos convida a olhar com mais empatia para quem enfrenta problemas como ansiedade, depressão emocional e luto.
Além disso, o avanço de tecnologias, como os testes farmacogenéticos, traz um novo olhar para o tratamento de transtornos na saúde mental, mostrando que cada pessoa pode encontrar um caminho personalizado para sua saúde emocional.
Se você sente que está passando por algo semelhante, saiba que buscar ajuda é um ato de coragem e o primeiro passo para uma vida mais leve.
Ficou alguma dúvida?
Confira abaixo as respostas para algumas dúvidas sobre o filme “Ainda Estou Aqui”.
O filme narra a história de Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, e os impactos do desaparecimento dele durante a ditadura militar no Brasil. A trama aborda temas como luto, memória e superação.
O filme está disponível no cinema e, em breve, nas principais plataformas de streaming.
São 3 indicações ao Oscar nas categorias de melhor atriz, melhor filme e melhor filme estrangeiro.
O título se relaciona com a resiliência de Eunice e sua luta para preservar a memória de Rubens Paiva, mesmo em meio à dor e às adversidades.
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