Saiba se a ansiedade é genética e entenda a influência da hereditariedade

Existem alguns transtornos mentais que, ao longo do tempo, tornam-se repetitivos em algumas famílias. E aí, nesse momento você pode acabar se perguntando: a ansiedade é genética?

A resposta, é claro, não é tão simples quanto esperávamos. Sendo assim, para saber mais sobre as principais causas dessa condição e como o seu tratamento funciona, continue conosco.

O que leva uma pessoa a desenvolver ansiedade?

Pesquisadores ainda não sabem dizer, ao certo, se a ansiedade é genética ou não. No entanto, há um consenso de que ela pode ser influenciada tanto por fatores genéticos, quanto ambientais. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), eventos como traumas, estresse contínuo, desequilíbrios químicos cerebrais e predisposição genética estão entre os principais causadores desse transtorno

Vale reforçar, ainda, que existem várias pesquisas que exploram as conexões entre ansiedade e hereditariedade. Um estudo de 2002, por exemplo, observou que certas características cromossômicas estão ligadas a fobias e transtorno do pânico.

uma pesquisa feita em 2016, por sua vez, mostrou que o transtorno de ansiedade social, o transtorno do pânico e o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) estão todos ligados a genes específicos.

Sendo assim, a maioria dos pesquisadores conclui que a genética é, também, o que faz uma pessoa ter ansiedade. No entanto, ela pode ser influenciada por fatores externos. 

A única certeza que temos é, basicamente, a de que ainda há muito o que se aprender sobre esse transtorno! Principalmente devido à sua relevância, já que o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com cerca de 18,6 milhões de brasileiros convivendo com essa condição diariamente.

Mas, o que, de fato, é a ansiedade? Entenda no próximo tópico.

ansiedade é genética

Definição de ansiedade

De acordo com a OMS, a ansiedade é um transtorno caracterizado por medo, preocupação excessiva e outros distúrbios comportamentais relacionados. 

Seus sintomas incluem inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão e problemas de sono. Em casos mais graves, pode levar a crises de pânico, fobias e transtornos de ansiedade generalizada.

Conforme a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Ministério da Saúde explicam, existem quatro tipos principais de transtornos de ansiedade. São eles:

  • Transtorno de Pânico: caracterizado por ataques de pânico repentinos, com sintomas como taquicardia, sensação de sufocamento e medo intenso;
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): marcado por obsessões e compulsões que consomem tempo e causam sofrimento significativo;
  • Transtorno de Ansiedade Social (fobia social): envolve medo intenso de situações sociais, resultando em tremores, suor excessivo e palpitações;
  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): ansiedade persistente e exagerada, presente na maioria dos dias por longos períodos.

Além disso, é importante mencionar que a ansiedade pode se manifestar de várias formas e intensidades. Sendo assim, o primeiro passo para evitá-la e/ou tratá-la é ter conhecimento sobre ela.

Como saber se a ansiedade e genética?

Ainda não há como saber se a ansiedade é genética ou não. Afinal, apesar de se mostrar como hereditária, ela também pode ser provocada por fatores externos como, por exemplo, experiências traumáticas e estresse contínuo. 

Porém, se os pais apresentarem quadros de ansiedade, há uma chance maior dos filhos também terem essa condição. Vale ressaltar, nesse caso, a necessidade de consulta a um especialista para obter um diagnóstico completo.

Como tratar a ansiedade genética?

Sabemos que os quadros de ansiedade não têm cura, mas, existem tratamentos e hábitos que ajudam a controlar as crises. Além disso, o tratamento para esse transtorno é individualizado e envolve combinações multidisciplinares para cada paciente.

Veja, abaixo, quais soluções são frequentemente utilizadas:

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

Essa abordagem da psicologia é uma das mais utilizadas para tratar a ansiedade. Afinal, ela ajuda o paciente a:

  • Identificar e modificar pensamentos que, por serem tão negativos e distorcidos, ajudam no desenvolvimento do transtorno;
  • Desenvolver estratégias de enfrentamento para amenizar as crises de ansiedade como, por exemplo, meditação, yoga técnicas de relaxamento, exercícios de respiração, entre outras;
  • Expor-se de maneira controlada e gradual a certas situações, dessensibilizando-se destas. 

Medicação

As principais medicações utilizadas para o manejo da ansiedade incluem:

  • Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS), como fluoxetina e sertralina;
  • Benzodiazepínicos, como diazepam e alprazolam.

Nesse sentido, um dos principais desafios para tratar a ansiedade com medicação é acertar a dosagem. Não à toa, a abordagem mais utilizada por especialistas é a de “tentativa e erro”. 

A boa notícia, no entanto, é que existe uma forma de melhorar essa etapa: o teste farmacogenético. Funciona assim: por meio de uma pequena amostra de saliva, ele consegue saber como o seu gene reage a determinados tipos de fármacos.

Isso é interessante porque, ao receber essa informação, o especialista saberá quais opções serão mais apropriadas para o seu caso, poupando-lhe tempo, dinheiro e saúde mental. 

Para saber mais sobre os testes farmacogenéticos, confira o vídeo a seguir:

Perguntas frequentes

Confira quais as respostas para as dúvidas frequentes sobre se ansiedade é genética ou não.

Como saber se a ansiedade é genética?

Apesar das chances de  ser genética, a ansiedade também é influenciada por fatores ambientais como, por exemplo, estresse contínuo e traumas.  

O que leva uma pessoa a desenvolver ansiedade?

A ansiedade é causada por uma combinação de fatores genéticos, traumas, estresse contínuo e desequilíbrios químicos no cérebro​.

Conclusão

Agora sim, você compreende se a ansiedade é genética? Embora esse fator seja importante no desenvolvimento do transtorno, existem outros facilitadores que merecem nossa atenção. 

Passar por situações estressantes ou traumáticas, por exemplo, são circunstâncias que, conforme discutimos ao longo desse texto, também podem influenciar no desencadeamento dessa condição. 

No fim das contas, a melhor forma de contornar essa situação é procurar por ajuda profissional e, com ela, combinar terapias e medicações personalizadas que consigam, de fato, contribuir para a sua melhora.

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