Uso de celular na escola e saúde mental: saiba quais os impactos e desafios para jovens, estudantes e professores
- Por Júlia Silva
- Tempo: 8 minutos
O uso de celular na escola tem crescido de forma significativa nos últimos anos e isso tem impactado diretamente o ensino. Apesar de oferecer benefícios, como acesso rápido a informações, esse aumento gera preocupações sobre os impactos na saúde mental dos jovens.
Estudos recentes apontam uma relação direta entre o uso excessivo de tecnologia e o crescimento de transtornos como ansiedade e depressão em adolescentes. Eles reforçam a relevância de debater o tema no contexto educacional.
Aqui você verá como a atual legislação estipula o uso de celulares nas escolas, seus objetivos e os impactos da tecnologia na educação, no bem-estar e na saúde mental dos jovens.
Sumário
O que a lei diz sobre o celular na escola?
A nova legislação sobre celulares não proíbe os estudantes de levarem seus aparelhos para a escola, mas regula o seu uso. Nesse sentido, os alunos podem portar o celular, desde que esteja desligado e dentro da mochila. Há exceção para atividades pedagógicas, nas quais educação e tecnologia podem se tornar aliadas. Para que isso ocorra, um professor deverá autorizar o uso.
A proibição de celulares nas escolas tem como objetivo diminuir problemas causados pelo uso excessivo, ajudar na concentração dos alunos e promover um ambiente mais propício à educação, priorizando também a saúde mental dos jovens.
Portanto, a Lei 15.100/25, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2025 cria regras para regular o uso dos aparelhos nas redes de ensino público e privado. Ela promove um equilíbrio entre os benefícios da tecnologia e o foco no aprendizado, sem causar estresse escolar.
O que o ECA fala sobre celular na escola?
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não aborda diretamente o uso de celulares na escola. Mas assegura o direito à educação de qualidade e reforça a necessidade de normas que favoreçam o aprendizado e o bem-estar dos estudantes.
Instituído pela Lei nº 8.069/1990, o ECA é um marco legal que estabelece os direitos e deveres das crianças e dos adolescentes no Brasil, com foco na proteção, no desenvolvimento e na garantia de seus direitos fundamentais.
Impactos do uso de celular na saúde mental dos jovens
O uso excessivo de celulares está associado a transtornos como: ansiedade, depressão e estresse. O estudo conduzido pelo neuroeducador Fernando Lino, indicou que o aumento do uso dos aparelhos nas escolas elevou em 80% os problemas de saúde mental entre jovens, prejudicando a atenção e o foco na sala de aula.
De acordo com Fernando Lino:
“A presença constante de aparelhos eletrônicos faz com que os jovens estejam continuamente conectados a um mundo virtual, muitas vezes sem supervisão, o que pode ter um impacto direto no desenvolvimento psicológico e nas relações interpessoais”.
De fato, o excesso de tempo em celulares intensifica problemas de concentração e aprendizado dos estudantes, o que gera, consequentemente, impactos no desempenho escolar.
Problemas de concentração e aprendizado
O uso excessivo de celulares compromete a concentração dos alunos em momentos que exigem foco, seja pela luz da tela, pelo alerta de notificações ou pela vontade insaciável de se manter atualizado. Esses fatores podem contribuir, por exemplo, para o déficit de atenção.
Esse cenário impacta diretamente o desempenho escolar, já que a concentração não pode ser dividida entre a sala de aula e as distrações do celular. O que ocorre do outro lado da tela acaba se tornando mais atraente do que o conteúdo escolar.
Transtornos emocionais e redes sociais
Redes sociais e saúde emocional estão frequentemente ligadas, o que leva muitos jovens a desenvolver ansiedade social, comparações e baixa autoestima.
Por conta disso, muitos acabam precisando de acompanhamento de um especialista. Em alguns casos, testes farmacogenéticos podem ajudar a personalizar tratamentos e aliviar os sintomas.
Como prevenir os impactos do uso de celular nas escolas?
Por mais que um projeto de lei seja aprovado, o que realmente garante a redução dos impactos do uso de celular nas salas de aula é a supervisão escolar e parental. Aliado a isso, estimule o uso dos aparelhos em atividades educativas ou interações tecnológicas que garantam um uso saudável dos celulares.
Educação digital e uso consciente
A educação digital é capaz de ensinar os alunos a usar a tecnologia de forma responsável. Por meio de programas que promovem a alfabetização digital, os jovens aprendem a utilizar dispositivos, acessar informações, além de reconhecer os impactos do uso excessivo e as armadilhas do mundo digital.
Conscientizar sobre os benefícios e os riscos da tecnologia ajuda a formar cidadãos mais críticos e equilibrados no uso de celulares e redes sociais.
Desenvolver habilidades para evitar distrações, gerenciar o tempo online e proteger sua saúde mental, são estratégias para um equilíbrio saudável entre aprendizado e lazer.
Apoio psicológico e psiquiátrico
Os problemas causados pelo uso excessivo de celulares na saúde mental dos jovens e das crianças ressaltam a importância de identificar precocemente os transtornos que possam surgir, como ansiedade, depressão e estresse.
Esses problemas, muitas vezes atrelados pela influência das redes sociais e pela exposição constante ao ambiente digital, podem comprometer o bem-estar emocional e o desempenho escolar.
O apoio psicológico é primordial para oferecer um espaço seguro onde os jovens possam compartilhar suas dificuldades e aprender estratégias para lidar com as pressões do mundo digital.
Já o acompanhamento psiquiátrico, quando necessário, pode complementar esse cuidado, auxiliando na identificação de transtornos mais graves e na definição de tratamentos adequados.
Os testes farmacogenéticos, oferecidos pela GnTech, são úteis para personalizar tratamentos, pois garantem maior eficácia e segurança no uso de medicações que tratam essas condições.
Essas medidas, aliadas ao diálogo entre escolas, famílias e profissionais de saúde, são importantes para promover a saúde mental e o equilíbrio dos jovens na era digital.
Olhar consciente sobre a tecnologia na educação
Adotar um olhar consciente sobre a tecnologia na educação é necessário para equilibrar seus benefícios com a necessidade de proteger a saúde mental dos jovens.
A tecnologia, quando bem utilizada, pode ser uma ferramenta poderosa para o aprendizado. Mas seu uso excessivo ou inadequado pode causar impactos, como ansiedade, depressão e dificuldades de concentração.
É importante que escolas, pais e alunos trabalhem juntos para estabelecer limites saudáveis no uso de dispositivos digitais. Nesse sentido, a criação de ambientes educativos que priorizem o aprendizado e o equilíbrio emocional é um passo importante para preparar os jovens para os desafios do mundo moderno.
Além disso, testes farmacogenéticos são grandes aliados na prevenção e no tratamento de transtornos mentais. Isso porque esses testes personalizam intervenções médicas, para assim, ter mais efetividade e segurança no cuidado com a saúde mental.
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Ficou com alguma dúvida?
Ainda restou alguma dúvida sobre o uso de celular nas escolas? Confira as respostas abaixo!
Sim, já existiam legislações estaduais e municipais para regulamentar o uso de celulares nas escolas, porém, o governo federal aprovou recentemente uma legislação nacional para ampliar a restrição em todas as regiões do Brasil.
A Lei nº 12.730/2007 estabelece a proibição do uso de celulares em sala de aula nas escolas brasileiras. O objetivo é garantir que o ambiente escolar seja propício para o aprendizado e a concentração dos alunos, evitando distrações causadas pela tecnologia.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não menciona especificamente o uso de celulares nas escolas, mas assegura o direito à educação de qualidade e à proteção integral das crianças e adolescentes.
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