Antipsicóticos: principais tipos e efeitos

Os antipsicóticos são medicamentos que tratam, principalmente, das condições e sintomas relacionados à psicose, como esquizofrenia, alguns tipos de transtorno bipolar e depressão grave. 

Porém, eles também podem ser utilizados para atenuar outros casos. 

Neste artigo, abordaremos as funções desses fármacos, seus efeitos colaterais e as situações em que são recomendados. Continue a leitura para saber mais. 

Qual a função de um antipsicótico?

O antipsicótico, como o próprio nome sugere, pode reduzir ou aliviar os sintomas da psicose, como delírios (falsas crenças) e alucinações (ver ou ouvir algo que não existe). 

Anteriormente conhecido como tranquilizante neuroléptico, esse medicamento pode ser dividido em duas categorias:

  • Antipsicóticos típicos (de primeira geração): foram desenvolvidos na década de 1950 e atuam no controle dos sintomas positivos da esquizofrenia — ou seja, que não são percebidos em pessoas típicas —-, especialmente as alucinações e os delírios;
  • Antipsicóticos atípicos (de segunda geração): surgiram mais recentemente (1990) e tratam tanto os sintomas positivos quanto os negativos. Na prática, interrompem emoções e comportamentos considerados “normais”, como apatia e distanciamento social.

No Brasil, o uso desse medicamento cresce a cada ano, o que reflete a importância desse tema no país e, ainda, a necessidade do Estado de prover tratamentos adequados e assertivos para diversas condições psiquiátricas. 

Além disso, embora os antipsicóticos possam ajudar algumas pessoas com psicose e transtornos de humor, eles podem gerar efeitos colaterais acentuados. É por isso que a escolha do melhor fármaco para cada paciente precisa ser cuidadosa .

A seguir, saiba quais são os medicamentos mais populares dessa categoria.

antipsicóticos

Quais são os medicamentos antipsicóticos?

Entre os principais medicamentos antipsicóticos, estão os típicos (Clorpromazina e Haloperidol) e os atípicos (Clozapina, Olanzapina, Quetiapina, Risperidona e Ziprasidona). 

A seguir, confira mais detalhes sobre os típicos:

  • Clorpromazina: é um dos primeiros antipsicóticos desenvolvidos para tratar sintomas positivos da esquizofrenia, como alucinações e delírios;
  • Haloperidol: uma das alternativas mais utilizadas no tratamento da esquizofrenia e em situações de agitação psicomotora, como inquietação, comportamento agressivo ou impulsivo e dificuldade em permanecer parado ou calmo.

Agora, sobre os atípicos:

  • Clozapina: utilizado em casos em que os pacientes não respondem a outros antipsicóticos. No entanto, requer monitoramento de perto porque tem efeitos colaterais significativos;
  • Olanzapina: também usada no tratamento da esquizofrenia e do transtorno bipolar. É uma alternativa interessante porque costuma causar menos efeitos extrapiramidais, ou seja, associados ao sistema extrapiramidal do córtex cerebral do cérebro, como parkinsonismo, acatisia, distonia e outros problemas de origem motora;
  • Quetiapina: muito utilizado para esquizofrenia, transtorno bipolar e, em alguns casos, até mesmo para tratar a depressão;
  • Risperidona: além de ser usada para os mesmos quadros que a Quetiapina, ela também é uma alternativa no tratamento da irritabilidade associada ao autismo;
  • Ziprasidona: utilizada para tratar esquizofrenia, episódios de mania ou mistos no transtorno bipolar.

Vale reforçar que a escolha do melhor antipsicótico varia conforme as particularidades e sintomas de cada paciente. Além disso, devido aos potenciais efeitos colaterais, um médico especialista precisa avaliar cuidadosamente.  

Quais efeitos colaterais dos antipsicóticos?

Os antipsicóticos podem acarretar uma série de efeitos colaterais, sendo os mais comuns a sonolência, o ganho de peso e a inquietação. A depender do caso, eles ainda podem provocar as seguintes reações:

  • Rigidez muscular;
  • Tremores;
  • Discinesia tardia (movimentos involuntários repetitivos);
  • Tontura.

Além disso, é importante saber que antipsicóticos atípicos tendem a causar menos efeitos extrapiramidais quando comparados aos típicos. 

Independente do caso, uma boa alternativa para fazer uma escolha assertiva e mitigar esses sintomas é o teste farmacogenético da GnTech. Afinal, ele analisa como os medicamentos interagem com o organismo de cada pessoa. 

Para saber como esse exame é interessante para quem precisa de tratamento medicamentoso, confira o depoimento da atriz Cristiana Oliveira sobre a sua experiência com os nossos serviços.

Em quais situações os antipsicóticos são utilizados?

Os antipsicóticos são utilizados para controlar sintomas que afetam o comportamento e o pensamento. Dessa forma, as principais situações para as quais eles são indicados incluem:

  • Esquizofrenia: ajudam a reduzir sintomas como alucinações, delírios e pensamentos confusos;
  • Transtorno Bipolar: tratam episódios de mania e, em alguns casos, de depressão também;
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): o uso dos antidepressivos aqui pode atenuar os sintomas dessa doença;
  • Transtornos de Personalidade: ajudam a controlar sintomas acentuados e reduzir os riscos para comportamentos impulsivos ou agressivos;
  • Autismo Infantil: auxiliam a gerenciar sintomas como irritabilidade severa, agressividade e estereotipias.

Lembre-se: esses medicamentos são prescritos com base em uma avaliação criteriosa do histórico do paciente e o seu uso precisa ser monitorado constantemente para que a dosagem seja ajustada conforme os relatos de efeitos colaterais. 

Perguntas frequentes

A seguir, confira as respostas para as principais dúvidas que recebemos sobre os antipsicóticos.

Quais são os medicamentos antipsicóticos?

Os medicamentos antipsicóticos incluem, principalmente, os típicos (clorpromazina e haloperidol) e os atípicos (clozapina, olanzapina, quetiapina e risperidona).

Qual a função de um antipsicótico?

Antipsicóticos são usados para tratar transtornos psiquiátricos como esquizofrenia e transtorno bipolar, ajudando a controlar sintomas como delírios e alucinações​​

Qual a diferença entre antipsicóticos e antidepressivos?

Antipsicóticos tratam sintomas de transtornos psicóticos, como alucinações e delírios. Há recomendação de antidepressivos para depressão e ansiedade, com melhora do humor e da energia do paciente.

Conclusão

Em resumo, a indicação dos medicamentos antipsicóticos é para o tratamento de transtornos psiquiátricos, controle dos sintomas e para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Seja na esquizofrenia, no TOC, na bipolaridade ou em outros casos, eles são excelentes opções de tratamento, porém costumam provocar efeitos colaterais que variam de pessoa para pessoa.

Sendo assim, saber quais são os tipos de antipsicóticos disponíveis e os principais sintomas a eles associados é importante para assegurar que o tratamento alcance bons resultados.  

Por isso, se você ou alguém que você conhece está enfrentando dificuldades com transtornos psiquiátricos, busque ajuda profissional. Além disso, considere a possibilidade de fazer um teste farmacogenético com a GnTech para saber quais são as melhores opções para o caso. 

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