Dopamina: conheça um dos hormônios da felicidade!

A dopamina, um neurotransmissor que atua na regulação do humor, da motivação e do sistema de recompensa, está diretamente relacionada à manutenção do bem-estar e da regulação do humor.

Da mesma maneira que a falta de dopamina pode contribuir para o desenvolvimento de depressão, além de doenças como Parkinson e sintomas como fadiga e falta de motivação.

Aqui, você vai entender a função da dopamina, como identificar os sinais de sua deficiência e conhecer métodos para aumentar a sua disponibilidade naturalmente no corpo.

Por isso, continue a leitura para entender mais sobre esse neurotransmissor tão importante. 

Qual é a função da dopamina?

A dopamina, também chamada de hormônio da felicidade, está envolvida em várias atividades do corpo e da mente. Uma de suas principais funções é regular o sistema de recompensa, que nos ajuda a sentir prazer e satisfação.

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Nesse sentido, ela atua no aprendizado e no desenvolvimento da memória, além de ajudar a reforçar comportamentos positivos que contribuem para a formação de novos hábitos.

Com relação ao controle motor, a dopamina ajuda a coordenar os movimentos do corpo, e a falta desse neurotransmissor pode levar a problemas como a doença de Parkinson.

A motivação também está ligada à dopamina. Em níveis normais, ela ajuda a iniciar e manter atividades, mesmo aquelas que exijam esforço. Por outro lado, quando os níveis de dopamina estão baixos, podemos sentir desânimo e falta de energia para realizar tarefas diárias.

Além disso, um estudo recente publicado na revista Nature Neuroscience mostrou uma ligação importante entre níveis elevados de dopamina em certas regiões do cérebro e a esquizofrenia. De acordo com a publicação, o fenômeno pode estar associado a sintomas psicóticos da doença, como alucinações e delírios.

Essa descoberta sugere que o desequilíbrio dopaminérgico deve contribuir para o desenvolvimento da doença, o que oferece novas perspectivas para tratamentos.

molécula de dopamina

O que a falta de dopamina provoca?

Níveis baixos de dopamina podem causar alterações negativas que afetam o bem-estar físico e mental do corpo. Confira algumas das principais consequências da deficiência desse neurotransmissor:

  • Depressão;
  • Apatia e transtornos do humor;
  • Fadiga;
  • Problemas de memória, aprendizado e concentração;
  • Doença de Parkinson;
  • Redução da libido;
  • Alterações no sono.

A depressão é uma das condições mais comuns associadas à falta de dopamina, levando a sentimentos persistentes de tristeza e perda de interesse em atividades diárias.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% dos brasileiros enfrentam o distúrbio, que corresponde a cerca de 11,7 milhões de pessoas. Dessa maneira, seu equilíbrio pode auxiliar no aumento da motivação, energia e disposição para combater (e prevenir) a doença.

Já a apatia, falta de motivação e alguns distúrbios do humor, como o transtorno bipolar, são condições que podem dificultar a realização de tarefas cotidianas, o que resulta em variações extremas de humor e comportamento.

A fadiga constante também pode ser outro sinal quando, mesmo após uma boa noite de sono, a pessoa geralmente não se sente descansada.

Além disso, a redução progressiva da produção de dopamina está ligada a doenças que afetam o movimento e aumentam a rigidez muscular, como o Parkinson. 

A dificuldade de aprendizado e problemas de concentração e memória também são comuns, assim como a redução da libido e insônia são consequências que afetam a qualidade de vida e o bem-estar geral.

Para tratar essas condições, medicamentos que aumentam os níveis de dopamina podem ser prescritos. No entanto, a resposta aos fármacos dopaminérgicos e o tempo de uso podem variar de pessoa para pessoa.

Nesse sentido, o uso do teste farmacogenético da GnTech auxilia no ajuste personalizado da dose para aumentar a eficácia da intervenção e reduzir possíveis efeitos colaterais.

Como saber se estou com falta de dopamina?

A falta de dopamina apresenta alguns sinais, como o cansaço excessivo, a falta de motivação e problemas de concentração, além da queixa comum de pessoas com baixos níveis do neurotransmissor, que é a  dificuldade para realizar tarefas diárias.

Dessa forma, o diagnóstico para confirmar a deficiência de dopamina pode envolver uma avaliação detalhada, em que o médico analisará os sintomas e o histórico clínico do paciente. 

Em alguns casos, exames de imagem podem ser utilizados para observar a atividade dopaminérgica no cérebro.

Além disso, testes laboratoriais costumam ser realizados para medir os níveis de dopamina e outros neurotransmissores no sangue ou no líquido cefalorraquidiano para identificar possíveis desequilíbrios.

Como liberar dopamina?

Algumas estratégias e atividades podem ajudar a aumentar os níveis de dopamina naturalmente e promover a sensação de satisfação, prazer e bem-estar. Veja abaixo quais são:

  • Exercícios físicos: a prática regular de atividades como corrida, ciclismo e natação, entre outros exercícios aeróbicos, contribui para o aumento da produção de dopamina;
  • Alimentação adequada: consumir alimentos ricos em tirosina, um aminoácido precursor da dopamina, pode ajudar. Alguns exemplos: peixe, frango, ovos, laticínios, soja, feijão, lentilha, amêndoas, semente de abóbora e tofu;
  • Relaxamento: práticas como ioga e meditação ajudam no equilíbrio emocional;
  • Sono de qualidade: tente manter uma rotina de sono e evite o uso de eletrônicos antes de dormir para regular a dopamina e serotonina;
  • Ouvir música: pode estimular a liberação de dopamina, o que proporciona prazer e melhora o humor;
  • Estabelecer metas alcançáveis: definir e alcançar pequenas metas elevam a sensação de realização e motivação;
  • Exposição ao sol: a luz solar ajuda a regular a produção de dopamina. Nesse sentido, passar algum tempo ao ar livre, especialmente durante a manhã, pode ser benéfico.
  • Atividades prazerosas: ter momentos para se dedicar a hobbies como ler, pintar ou cozinhar, pode aumentar os níveis de dopamina.

O que acontece quando há excesso de dopamina?

Pessoas com dopamina em excesso podem sentir-se constantemente agitadas e com níveis elevados de ansiedade, o que causa dificuldade para relaxar ou dormir. 

Além disso, pode levar a pessoa a buscar novas experiências e sensações incessantemente. E isso resulta em comportamentos impulsivos, arriscados e que tendem a levar o indivíduo a desenvolver vícios.

Há, ainda, uma relação entre elevados níveis de dopamina e certas condições psiquiátricas, como a esquizofrenia ou transtornos maníacos, caracterizados por euforia extrema, energia excessiva e comportamento imprudente.

A psiquiatra Anna Lembke alerta sobre os perigos do excesso de estímulos que geram dopamina. Em uma entrevista, ela comenta que estamos expondo nossos cérebros a uma “mangueira de incêndio constante de dopamina”, o que pode levar a um ciclo vicioso de busca por prazer imediato e insatisfação crônica.

Esse aumento de estímulos pode desregular rapidamente o sistema dopaminérgico, contribuindo para problemas de saúde mental e comportamentos compulsivos.

Conclusão

Como vimos, a dopamina em quantidades adequadas contribui para a motivação, o prazer e a satisfação, por isso é importante mantê-la em níveis equilibrados para o bem-estar mental e emocional.

No entanto, tanto a falta quanto o excesso desse neurotransmissor podem trazer problemas significativos. Para isso, algumas estratégias naturais podem contribuir na regulação e na produção de dopamina.

Em todo caso, se você perceber sintomas persistentes que indicam problemas com os níveis de dopamina, é aconselhável buscar ajuda médica porque um profissional de saúde pode oferecer orientações adequadas para restaurar o equilíbrio e promover sua qualidade de vida.

Perguntas frequentes

Confira, a seguir, as respostas para as dúvidas mais comuns sobre a dopamina. 

O que a falta de dopamina provoca?

A falta de dopamina pode causar fadiga, falta de motivação, dificuldades de concentração e problemas de memória. Além disso, está associada a doenças como depressão, Parkinson e transtornos do humor.

Como liberar dopamina de forma natural?

Algumas formas são: praticar exercícios físicos regularmente, manter uma alimentação balanceada, dormir bem, se expor moderadamente ao sol e ter momentos de relaxamento no dia a dia.

O que acontece com o excesso de dopamina?

O excesso de dopamina pode levar a comportamentos impulsivos, vícios, manias e alucinações, além de estar associado à esquizofrenia e ao transtorno bipolar.

Qual é o papel da dopamina no sistema de recompensa?

A dopamina atua no sistema de recompensa do cérebro e promove sensações de prazer e motivação. Isso reforça e incentiva comportamentos positivos.

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