Endorfina: entenda para que serve e como liberar esse hormônio
- Larissa Speck
- 02/10/2024
- Tempo: 6 minutos
A endorfina é o hormônio responsável pela sensação de prazer, bem-estar, felicidade e bom humor. E por ser uma substância importante para o alívio da dor e da disposição, é necessário garantir que nossa rotina inclua práticas que liberem endorfina ao organismo para promover a saúde física e emocional.
Por isso, para que você entenda tudo sobre o assunto, preparamos este guia completo. Confira para que serve a endorfina, o que estimula sua ativação, quais os melhores hábitos e mais. Boa leitura!
Sumário
Qual é a função da endorfina?
A endorfina é um hormônio neurotransmissor produzido pelo cérebro (mais especificamente, pela glândula hipófise) que ajuda a aliviar a dor e o estresse, além de promover a sensação de bem-estar.
O nome vem da junção das palavras “endo” (interno) e “morfina” (analgésico), pois a endorfina é um analgésico natural que faz parte do sistema opioide do organismo. Justamente por suas funções, ela também é conhecida como o “hormônio da felicidade“.
Isso acontece porque ele inibe a transmissão de sinais de dor no cérebro. É por isso que, durante atividades físicas intensas, como a corrida, é comum que a endorfina oculte a dor e seja acompanhada por um sentimento bom.
Não à toa, esse neurotransmissor é um grande ativo no combate ao estresse crônico e à ansiedade, já que atua e influencia no humor.
Além disso, sua presença no organismo está bastante associada à melhora da imunidade por controlar os níveis de cortisol (hormônio do estresse) no corpo.
O que estimula a liberação de endorfina?
A liberação da endorfina depende de hábitos saudáveis, como exercícios físicos e a presença de atividades que estimulem o prazer e a satisfação no dia a dia.
A seguir, você confere três fatores que ajudam a produzir esse hormônio.
1. Exercícios físicos
Ao praticar atividades físicas, o corpo é submetido a um estresse físico. Em resposta a esse estresse, o cérebro libera a endorfina para atuar como um analgésico natural, o que alivia a dor muscular e a fadiga.
Além disso, outros neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, são liberados durante o exercício. Ao interagirem com a endorfina, potencializam a sensação de prazer.
Algumas opções que estimulam o relaxamento são a dança, meditação, yoga e a corrida.
2. Interação social
A interação positiva com outras pessoas ativa o sistema de recompensa do cérebro, que libera a dopamina e outros neurotransmissores (como a endorfina), e proporciona prazer e satisfação.
Isso acontece principalmente com o toque, como um abraço ou outro ato de carinho, pois ativa receptores sensoriais na pele que enviam sinais de bem-estar ao cérebro.
3. Alimentação
Apesar de nenhum alimento específico produzir endorfina, alguns podem fornecer os nutrientes necessários para que o corpo produza essa substância com mais frequência e de maneira mais fácil.
Por exemplo, vitaminas do complexo B, vitamina C e minerais, como o magnésio, fazem parte do processo de produção de neurotransmissores que causam a sensação de bem-estar.
O que causa a falta de endorfina?
Como a endorfina é produzida naturalmente pelo corpo, os níveis desregulados desse hormônio indicam algum problema de saúde mental ou física. Alguns fatores que afetam a produção da substância:
- Estresse crônico;
- Depressão;
- Insônia;
- Sedentarismo;
- Alimentação de baixa qualidade;
- Ansiedade;
- Fibromialgia;
- Desmotivação;
- Rotina insatisfatória;
- Medicamentos, como antidepressivos e analgésicos.
Paralelo a isso, um estudo investigou a relação entre a β-endorfina, o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e os sintomas depressivos. Na pesquisa, os cientistas buscaram compreender como os níveis de β-endorfina mudam em pessoas que passaram por essas condições.
Assim, a investigação descobriu que um sintoma central do Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), caracterizado por alerta e reatividade em excesso, e a ansiedade têm grande influência dos níveis de β-endorfina.
Esses fatores atuam como mediadores. Ou seja: afetam a relação entre outras variáveis como eventos traumáticos, dor e sintomas depressivos. Essa descoberta é importante, pois ajuda a desenvolver possíveis linhas de tratamento multidisciplinares.
Portanto, é comum que um ou mais fatores estejam presentes no caso da falta de endorfina. Por isso, qualquer alteração brusca de humor ou saúde física deve ser investigada por um médico.
Como ativar a endorfina?
Não existe um remédio específico para produzir endorfina, mas há diversas maneiras naturais de ativá-la no corpo. Para isso, seu foco deve ser em atividades que estimulem e deem prazer.
Além disso, a alimentação equilibrada é de grande importância. Alguns ingredientes especiais para incluir no dia a dia e aumentar a liberação de endorfina são: chocolate amargo, pimenta, frutas vermelhas, oleaginosas, banana e aveia.
Principalmente, é preciso verificar se os níveis de vitaminas no seu corpo estão equilibrados, porque têm ligação direta com a produção saudável de endorfina. Caso contrário, a suplementação, indicada por um médico, pode ajudar.
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Conclusão
Como vimos, a endorfina é um hormônio importante para a saúde física e mental. Sua produção depende de hábitos e principalmente de atividades prazerosas, como dança, corrida e outras opções.
Para manter este e outros neurotransmissores em dia, foque em uma alimentação e hábitos saudáveis, além de ocupações que reforcem a sua motivação pessoal.
Perguntas frequentes
Confira as principais respostas para dúvidas frequentes sobre a endorfina, o hormônio da felicidade.
Atividades físicas, contato físico e hobbies são alguns dos principais fatores que estimulam a liberação de endorfina.
Corrida, musculação e dança são exemplos de atividades que aumentam a endorfina.
A falta de endorfina pode provocar mau-humor, ansiedade, depressão, irritabilidade e insônia.
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