TDAH e autismo: entenda as diferenças, direitos e muito mais!
- Por Guido Boabaid
- 15/04/2025
- Tempo: 8 minutos
TDAH e autismo são condições com alguns sintomas em comum, mas se tratam de transtornos muito diferentes entre si.
Sendo assim, entender as duas condições e como se manifestam, se torna necessário para que a pessoa receba o acompanhamento certo e tenha seus direitos respeitados.
Nesta leitura, você vai entender melhor o que diferencia o TDAH e o autismo, como identificar sinais, e quais são os caminhos para buscar apoio e uma melhor garantir qualidade de vida.
Se esse tema faz parte da sua rotina ou desperta curiosidade, vale a pena continuar conosco!
Sumário
Qual a diferença entre TDAH e autismo?
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) afeta principalmente a atenção, o controle dos impulsos e, em alguns casos, o nível de atividade da pessoa.
É comum que crianças com a condição se distraiam com facilidade, tenham dificuldade para seguir instruções e sejam bastante inquietas.
Já em adultos, o TDAH pode aparecer como desorganização, esquecimento constante ou dificuldade em manter o foco por longos períodos.
Enquanto isso, o autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), está mais ligado à forma como a pessoa se comunica, interage socialmente e lida com o ambiente ao redor.
Pessoas autistas costumam apresentar padrões repetitivos de comportamento, interesses muito restritos e resistência a mudanças na rotina.
Além disso, podem ter dificuldade em interpretar expressões faciais, linguagem corporal e regras sociais mais sutis.
Um exemplo prático é uma criança com TEA que que prefere brincar sempre da mesma forma, se interessa profundamente por um único tema (como mapas, por exemplo) e evita interações com outras crianças.
Embora o TDAH e o autismo sejam condições diferentes, carregando características distintivas, é comum que causem confusão, principalmente porque algumas dificuldades podem parecer semelhantes à primeira vista.
Tem como ter autismo e TDAH juntos?
É possível que uma pessoa tenha TDAH e autismo ao mesmo tempo. Quando isso acontece, o diagnóstico conjunto é chamado de comorbidade — ou seja, a presença de dois transtornos juntos.
Quem tem TDAH é considerado especial?
Pessoas com TDAH não são consideradas automaticamente parte do público da educação especial, nem classificadas como pessoas com necessidades especiais. Esse termo, aliás, já vem sendo substituído por formas mais corretas de falar sobre o assunto, como “pessoas com deficiência” ou “com transtornos do neurodesenvolvimento”.
Mesmo assim, quem tem TDAH pode ter direito a medidas de inclusão na escola. Isso inclui adaptações como mais tempo para fazer provas, apoio na sala de aula e mudanças na forma de ensinar.
Essas medidas ajudam a garantir que todos consigam aprender de forma justa, respeitando as diferenças.
Quais são os sintomas de TDAH com traços de autismo?
Em geral, o TDAH com traços autísticos envolve sintomas, como:
- Dificuldade de concentração, junto com foco exagerado em assuntos específicos;
- Impulsividade combinada com comportamentos repetitivos ou rotinas rígidas;
- Dificuldade para se adaptar a mudanças e, ao mesmo tempo, desorganização frequente;
- Pouco interesse em interações sociais ou dificuldade de entender regras sociais, além de comportamentos agitados;
- Sensibilidade a sons, luzes ou toques, além de distração fácil em ambientes com muitos estímulos.
Esses sintomas podem se manifestar de formas diferentes em cada pessoa. Por isso, é importante observar o contexto para um melhor diagnóstico: na escola, em casa ou no trabalho, esses sinais costumam impactar a rotina e as relações.
Além disso, é indispensável a consulta e acompanhamento com especialistas para diagnosticar quaisquer condições.
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Quais os direitos de quem tem autismo e TDAH?
No Brasil, pessoas com autismo têm seus direitos assegurados por uma legislação específica: a Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana. Ela garante, entre outros pontos, acesso à educação, saúde, trabalho, transporte e inclusão social.
Já no caso do TDAH, embora ainda não exista uma lei exclusiva, decisões recentes e diretrizes do Ministério da Educação reconhecem o transtorno como uma condição que pode exigir apoio e adaptações, principalmente no ambiente escolar.
Na prática, tanto pessoas com autismo quanto com TDAH podem ter acesso a:
- Educação inclusiva: escolas públicas e privadas devem oferecer suporte adequado, como adaptações pedagógicas, acompanhamento especializado, materiais acessíveis e um plano de ensino que considere o ritmo e as necessidades do aluno;
- Direito ao diagnóstico e tratamento pelo SUS: a rede pública de saúde deve garantir acesso a profissionais capacitados para avaliação, acompanhamento terapêutico e orientação familiar;
- Atendimento preferencial e inclusão social: pessoas com autismo têm direito a atendimento prioritário em serviços públicos e privados, como bancos e repartições públicas;
- Mercado de trabalho: a Lei de Cotas garante que empresas com mais de 100 funcionários destinem parte de suas vagas a pessoas com deficiência;
- Benefícios sociais: dependendo do grau de comprometimento e da condição socioeconômica da família, é possível solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), que garante um salário mínimo mensal para pessoas com deficiência.
É importante lembrar que a inclusão vai além de garantir presença: ela envolve oferecer condições reais para que a pessoa participe da sociedade com dignidade, autonomia e respeito às suas particularidades.
Como a farmacogenética pode ajudar quem tem TDAH e autismo?
A farmacogenética ajuda a personalizar o tratamento de pessoas com TDAH e autismo, indicando quais medicamentos têm mais chance de um melhor resultado e quais podem causar efeitos indesejados.
Esse teste analisa como o organismo reage a diferentes substâncias, ajudando os médicos a escolherem a melhor opção e a dosagem mais adequada.
É uma ferramenta que não substitui o diagnóstico, mas facilita decisões médicas e contribui para um tratamento mais seguro, rápido e que traz melhores resultados.
Na prática, a farmacogenética funciona como um guia: ela não substitui a avaliação clínica, mas oferece informações que ajudam a encontrar a melhor opção de tratamento, com mais segurança.
A GnTech é especialista em testes farmacogenéticos e conta com duas opções ideais para essas condições:
- Teste Farmacogenético PsicoGene TDAH: auxilia a prescrição de medicamentos psicoestimulantes e dosagens para o tratamento de TDAH, analisando 7 medicamentos e 3 genes;
- Teste Farmacogenético PsicoGene TEA Pro: esse teste genético para autismo auxilia na escolha e ajuste de dosagens para sintomas de TEA, analisando 31 genes e 64 medicamentos, como antipsicóticos, psicoestimulantes, antidepressivos, estabilizadores de humor, agentes moduladores de sono, canabinoides, etc.
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Tenha qualidade de vida com a farmacogenética
TDAH e autismo são transtornos com sinais e necessidades específicas, mas que muitas vezes convivem na mesma pessoa.
Entender essas diferenças, buscar um diagnóstico correto e garantir o acompanhamento certo são passos fundamentais para melhorar a rotina e o bem-estar de quem convive com essas condições.
Hoje, há recursos que tornam esse processo mais preciso, e a farmacogenética é um deles. Com o suporte da farmacogenética, o tratamento se torna muito menos desconfortável. E o resultado disso é mais leveza no dia a dia, com mais estabilidade emocional, foco, autonomia e, principalmente, qualidade de vida.
Quer saber como a ferramenta pode ajudar no seu caso ou no de alguém próximo? Fale com um consultor e tire todas as suas dúvidas.
Perguntas frequentes sobre TDAH e Autismo
Confira as principais dúvidas relacionadas a TDAH e ao autismo:
Depende do grau de impacto. Em alguns casos, o TDAH pode ser reconhecido como deficiência para fins legais e de inclusão.
Pode ter direito ao BPC/LOAS se houver comprometimento funcional e situação de vulnerabilidade comprovada.
Existe uma predisposição genética envolvida, mas isso não significa que o filho terá autismo — é apenas uma possibilidade.
Não. O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, afeta o desenvolvimento do cérebro e o funcionamento cognitivo.